18 junho 2025
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Brasil analisa reação à taxação de 25% dos EUA sobre aço e alumínio

Na semana anterior, o presidente Lula indicou que o Brasil poderia considerar a aplicação do princípio da reciprocidade, o que significaria a possibilidade de impor tarifas sobre produtos norte-americanos caso as exportações brasileiras enfrentassem taxas.

Atualmente, o governo brasileiro está analisando uma resposta em relação às tarifas que os Estados Unidos impuseram sobre as importações de aço e alumínio. Recentemente, um decreto assinado pelo presidente dos EUA estabeleceu uma sobretaxa de 25% sobre esses produtos, o que afeta diretamente o Brasil, o qual é o principal fornecedor de aço para o mercado norte-americano. As exportações de aço do Brasil para os Estados Unidos totalizam aproximadamente US$ 6,3 bilhões anualmente, enquanto a China, que ocupa a segunda posição entre os compradores, importa cerca de US$ 1 bilhão.

O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, observou que tais medidas não são inéditas, pois os Estados Unidos já adotaram ações similares contra o Brasil em ocasiões passadas. Em respostas anteriores, a implementação de um sistema de cotas foi uma estratégia utilizada para atenuar os impactos negativos dessas tarifas. Alckmin enfatizou a relevância do diálogo e da cooperação entre os dois países, considerando que essa relação é equilibrada e traz benefícios para ambos os povos. No momento, há expectativas em relação à possível reintrodução de cotas para reduzir os efeitos das novas tarifas.

O presidente Lula já havia mencionado, na semana anterior, que o Brasil poderia aplicar o princípio da reciprocidade, sugerindo a imposição de taxas sobre produtos dos Estados Unidos, no caso das exportações brasileiras serem tarifadas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adota uma postura cautelosa e declarou que o governo aguardará uma decisão oficial antes de tomar qualquer medida. Haddad negou a possibilidade de taxar empresas de tecnologia dos Estados Unidos, ressaltando que o presidente Lula ainda precisa ser consultado sobre essa questão.

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