A Administração-Geral de Aduanas da China notificou o governo brasileiro sobre a suspensão temporária de três frigoríficos brasileiros em decorrência de não conformidades identificadas durante videoauditorias. As plantas afetadas incluem uma unidade da JBS em Mozarlândia, Goiás; uma da Frisa em Nanuque, Minas Gerais; e uma da Bon Mart em Presidente Prudente, São Paulo. As empresas informadas estão implementando medidas corretivas para atender às exigências regulatórias estabelecidas pela China.
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart, destacou que o governo brasileiro está conversando com representantes da indústria de proteína bovina e autoridades chinesas, buscando soluções para reiniciar as exportações das unidades suspensas. Goulart enfatizou a continuidade do diálogo com o setor privado e as autoridades da China para resolver as questões levantadas, reafirmando a credibilidade do Brasil no mercado internacional devido ao seu bom desempenho em defesa agropecuária.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, avaliou a situação como não impactante para a relação comercial entre o Brasil e a China. Ele ressaltou que atualmente o Brasil conta com 126 plantas autorizadas para exportação à China, apresentando uma melhora em comparação a períodos anteriores, quando 12 plantas estavam suspensas. Ele comentou que a suspensão de três unidades não deve afetar significativamente o comércio bilateral.
As exportações de carne bovina para a China são de grande importância para o Brasil, sendo o principal destino deste produto. De acordo com Fávaro, cortes exportados normalmente têm um baixo consumo no mercado interno, o que pode beneficiar a formação dos preços no Brasil. Ele também sublinhou que a atividade de exportação é vantajosa para o mercado como um todo.
