O recente foco de atenção não se limita ao suposto rompimento entre os atores de White Lotus 3, Aimee Lou Wood e Walton Goggins. Na verdade, é mais relevante considerar os eventos que aconteceram nos bastidores do Pavilhão do Brasil na Expo 2025 de Osaka, inaugurado no último domingo, dia 13.
Em 2022, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) divulgou os resultados de um concurso público para o projeto do pavilhão. O júri, composto pela arquiteta Sylvia Ficher, da Universidade de Brasília, e André Aranha Corrêa do Lago, então embaixador do Brasil na Índia e crítico de arquitetura, selecionou a proposta do escritório MK27, comandado por Márcio Kogus, em colaboração com a Magnetoscópio Offices, do curador Marcello Dantas.
A proposta escolhida rapidamente ganhou destaque nas principais publicações internacionais de arquitetura. Até agosto de 2023, Marcello Dantas compartilhava com orgulho detalhes do projeto em suas redes sociais. No entanto, em abril do ano passado, surgiram discretas menções na imprensa sobre a participação da diretora Bia Lessa. Em junho, ela foi oficialmente anunciada como a responsável pelo pavilhão, que agora consiste em um edifício de dois andares com aproximadamente mil metros quadrados, reduzindo significativamente a área do projeto original. Informações sugerem que a decisão de não seguir com o projeto inicial levou o curador e a equipe vencedora a se afastarem do projeto.
A Expo 2025, que conta com a participação de cerca de 160 países e regiões, foi inaugurada recentemente. Jorge Viana, chefe da ApexBrasil, confirmou que “a transição para o Tipo X resultou em uma significativa redução nos custos de construção”. Por sua vez, Bia Lessa, uma profissional com vasta experiência em teatro, ópera e curadoria, comentou que “a dificuldade foi uma alegria”, referindo-se à adaptação para um espaço menor. O motivo oficial para a mudança de tipo de pavilhão foi a preocupação com a conclusão da obra dentro do prazo. Lessa afirmou que o governo japonês sugeriu a alteração para o Tipo X, assegurando assim a participação do Brasil na expo, mas comprometendo o conceito original que havia sido selecionado no concurso de 2022.
O design do novo pavilhão, mantido em segredo, inclui uma floresta inflável. Inicialmente, planejava-se utilizá-la com sacolas plásticas, mas, devido à inflamabilidade do material, decidiu-se pelo uso de nylon. Coincidentemente, no último dia 4 de abril, um princípio de incêndio ocorreu durante a construção do pavilhão. Conforme informações da organização da Expo 2025, o alarme de incêndio no local foi acionado por volta das 19h30, levando à mobilização de 16 viaturas do corpo de bombeiros. Felizmente, ao chegarem, descobriram que as chamas já haviam sido controladas. O incêndio afetou materiais do teto e parte da fiação elétrica. Investigações da polícia e dos bombeiros continuam em andamento.
