A economia brasileira registrou a criação de 71.576 novas posições de trabalho formal em março de 2023, resultado de 2,234 milhões de admissões e 2,163 milhões de desligamentos, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Este resultado representa o pior desempenho para o mês de março desde 2020, quando foram perdidos 294.985 postos de trabalho em decorrência da pandemia da Covid-19.
Em comparação a março de 2024, quando foram abertas 245.395 novas vagas, a queda foi de 71%. No acumulado do primeiro trimestre de 2023, a criação de empregos totalizou 654.503, número 9,8% menor que o registrado no mesmo período de 2024, que foi de 725.973 postos.
De acordo com o MTE, três dos cinco grandes setores da atividade econômica apresentaram saldos positivos. O setor de serviços adicionou 52.459 novas vagas, a construção gerou 21.946 novas posições e a indústria contratou 13.131. Por outro lado, os setores de comércio e agropecuária tiveram saldos negativos, com a perda de 10.310 e 5.664 postos, respectivamente. Dentre os 27 estados, 19 apresentaram saldo positivo na criação de empregos, destacando-se São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.
Nos últimos 12 meses, o saldo de criação de empregos totalizou 1,613 milhão, um número ligeiramente inferior ao registrado nos 12 meses anteriores, que foi de 1,642 milhão. Além disso, segundo o Caged, o total de vínculos empregatícios celetistas, considerando tanto o setor privado quanto o público, atingiu 47.857 mil, estabelecendo um novo recorde, conforme afirmou o ministro Luiz Marinho.
O salário médio real de admissão em março de 2023 foi de 2.225,17 reais, apresentando um leve aumento em relação a fevereiro de 2023 e março de 2024.
