O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, comunicou que o Brasil buscará negociar com os Estados Unidos sobre o aumento de tarifas imposto pelo ex-presidente Donald Trump antes de considerar outras ações, como medidas recíprocas ou um recurso à Organização Mundial do Comércio (OMC). Lula enfatizou a intenção de esgotar as possibilidades de diálogo antes de partir para confrontos comerciais, afirmando que o país está empenhado em promover o livre comércio com os EUA.
O presidente também mencionou que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, junto com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, estão em diálogo contínuo com os representantes comerciais dos Estados Unidos. Desde que Donald Trump assumiu a presidência, houve um aumento nas tarifas de importação, uma estratégia do ex-presidente para fortalecer a indústria americana e corrigir o que ele considera serem desequilíbrios nas relações comerciais.
Em relação à política econômica implementada por Trump, Lula manifestou incertezas sobre os efeitos do protecionismo adotado pelo presidente americano. O presidente brasileiro reafirmou que Trump possui o direito de tomar decisões em seu país, mas também sublinhou que o Brasil preserva sua autonomia na condução de sua política econômica.
Lula apontou que a retórica atual dos EUA é contrária à abordagem promovida entre as décadas de 1980 e 2022. Durante uma agenda no Japão, no dia 27 do mês passado, Lula observou que o aumento das tarifas pode levar a um encarecimento dos produtos e, por consequência, a um aumento da inflação e das taxas de juros nos Estados Unidos. Ele concluiu sua análise ressaltando que a situação resultará em dificuldades econômicas, prevendo que tal política de aumento de tarifas não trará resultados positivos.