O Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou que não permitirá o retorno das pessoas que foram deslocadas, o que agrava a tensão na região.
O governo brasileiro expressou sua preocupação em relação às recentes operações militares israelenses na Cisjordânia, que resultaram na remoção forçada de aproximadamente 40 mil palestinos. Essa situação, que envolveu a utilização de tanques pelo exército israelense, representa a primeira vez em duas décadas que tais ações são empregadas para desalojar a população local. Por meio de uma nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou essa prática, enfatizando a preocupação com o aumento das operações militares israelenses em locais como os campos de refugiados de Jenin, Tulkarm e Nur Al-Shams, localizados no Norte da Cisjordânia.
Além disso, o Brasil solicitou que a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) mantenha suas atividades na região. O governo brasileiro lembrou que a Corte Internacional de Justiça já se manifestou contra a presença israelense nos territórios palestinos. Em contrapartida, o governo israelense tem dificultado o trabalho da UNRWA, sob a alegação de que a agência apoia o terrorismo. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, reiterou que os palestinos que foram expulsos não poderão retornar, o que contribui para o aumento das tensões locais.
A Autoridade Palestina qualificou as ações de Israel como uma tentativa de anexação dos territórios palestinos, caracterizando-as como uma grave escalada de violência. As autoridades palestinas consideram essas medidas uma forma de genocídio e deslocamento forçado, as quais são consideradas crimes sob o direito internacional, conforme as diretrizes estabelecidas pela Convenção de Genebra e pela Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.