A confirmação da adesão do Brasil à Opep+ foi anunciada durante uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, informando que essa decisão ocorreu sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A Opep+, uma aliança de países produtores de petróleo, possui uma influência significativa sobre os preços do petróleo no mercado global. Essa confirmação ocorre em meio a críticas, já que o Brasil está se preparando para sediar a COP30, que tem como foco a busca de alternativas aos combustíveis fósseis.
O convite para que o Brasil se unisse à Opep+ foi feito há mais de um ano, com a oficialização ocorrendo durante a cúpula climática em Dubai. Além da adesão à Opep+, Silveira também informou que o Brasil iniciará o processo de adesão à Agência Internacional de Energia (AIE) e à Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), buscando ampliar sua participação em fóruns internacionais no setor de energia.
A Opep, fundada em 1960, é composta por 13 países que se destacam como grandes exportadores de petróleo, respondendo por cerca de 30% da produção mundial. A Opep+ foi formada em 2016, reunindo a Opep e outros grandes produtores, e atualmente representa aproximadamente 40% da produção global de petróleo, o que reforça sua relevância no panorama energético. Considerando que o Brasil é um dos dez maiores exportadores de petróleo do mundo, sua inclusão na Opep+ pode trazer benefícios expressivos. No entanto, a complexidade da operação da Petrobras, que é uma empresa de capital misto, pode desafiar a coordenação da produção entre os membros da aliança.