Os vereadores da cidade de São Paulo aprovaram, na última terça-feira (29), um projeto de lei que institui um reajuste salarial de 5,2% para os servidores municipais em 2025. Esse reajuste será realizado em duas parcelas: a primeira, correspondente a 2,6%, será paga em maio deste ano, enquanto a segunda, de 2,55%, está prevista para maio do próximo ano. A votação contou com 34 votos a favor e 17 contra e ocorreu em meio a protestos dos funcionários públicos.
Os professores, que estão em greve há duas semanas, decidiram manter a paralisação após a aprovação do projeto. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais expressou insatisfação com a medida, ressaltando que a reposição salarial de 2,6% é insuficiente, representando apenas metade da inflação, que é de 5,2%. O governo justificou o parcelamento do reajuste como uma estratégia para garantir o equilíbrio fiscal, prevendo um aumento de R$ 1,2 bilhão na folha de pagamento.
Durante a sessão de votação, a vereadora Cris Monteiro fez uma declaração considerada controversa, gerando tensão e interrupções. O presidente da Câmara Municipal defendeu que não houve racismo nas palavras da vereadora, mas a situação se intensificou com agressões entre vereadores e ofensas a professores em greve, que foram desrespeitados.
Fora da Câmara, a situação também foi tensa, com a polícia utilizando gás de pimenta contra manifestantes. A aprovação do projeto e os acontecimentos durante a sessão evidenciam um clima de polarização e insatisfação entre os servidores públicos e a administração municipal, refletindo a descontentamento em relação às condições de trabalho e à valorização salarial.
