O câncer figura como uma das principais causas de morte no Brasil, com uma média de 698 óbitos diários, conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Em 2024, dados preliminares do Instituto Lado a Lado pela Vida apontam para a ocorrência de 519.544 novos casos da doença. O Dia Mundial de Luta Contra o Câncer, celebrado a cada 8 de dezembro, destaca a urgência de uma resposta efetiva ao câncer em todas as esferas sociais.
A cada dia que passa sem ações coordenadas e urgentes, o número de vidas impactadas aumenta. É fundamental que a luta contra o câncer seja uma prioridade na agenda de saúde pública do Brasil. O oncologista Igor Morbeck menciona que os números alarmantes têm crescido ano após ano, enfatizando a situação precária do acesso a informações e tratamentos. Ele aponta que o tempo entre o surgimento dos sintomas e o acesso a exames diagnósticos e tratamentos pode demorar meses, o que prejudica a saúde dos pacientes.
A detecção precoce da doença é crucial, pois aumenta as chances de um tratamento eficaz. Quanto mais cedo um diagnóstico é realizado, maior é a probabilidade de que o paciente tenha acesso a exames de imagem e biópsias, além de tratamentos cirúrgicos ou quimioterápicos que oferecem perspectivas de cura. Morbeck também explica que as causas dos tumores não se restringem apenas aos fatores genéticos e hereditários. A adoção de um estilo de vida mais saudável é urgentemente necessária na luta contra o câncer.
O estilo de vida desempenha um papel significativo na incidência da doença. Hábitos como má alimentação, sedentarismo, obesidade, tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas são fatores de risco que devem ser considerados. Pesquisas indicam que, adotando medidas de prevenção básicas, é possível evitar de 20% a 30% dos cânceres. Ademais, o especialista ressalta a desigualdade no acesso ao tratamento do câncer no Brasil, evidenciando que pacientes do Sistema Único de Saúde apresentam uma sobrevida menor em comparação àqueles que têm acesso a serviços de saúde privados. Essa realidade ressalta a necessidade de mudanças urgentes no sistema de saúde.
Estudos apontam que as mortes por câncer entre homens podem aumentar em até 93% até 2050.
