sexta-feira, janeiro 31, 2025
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Candidatos promissores e surpresas no Congresso Nacional

Apesar de já haver favoritos nas eleições internas para os cargos de liderança na Câmara e no Senado, parlamentares de quatro partidos (Novo, PSOL, PL e Podemos) declararam suas intenções de se candidatar, independentemente da aprovação por suas bancadas. As eleições estão agendadas para sábado (1°). O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP) contam com o apoio da maioria das siglas para ocupar as presidências de suas respectivas casas.

Com uma representação reduzida, o Partido Novo optou por apresentar “candidaturas de honra” nas duas Casas legislativas. O PSOL também terá um candidato próprio na disputa pela Câmara, seguindo seu costume de lançar nomes próprios mesmo em cenários onde há ampla preferência por outras opções. Enquanto isso, Podemos e PL estão apresentando candidatos independentes no Senado, que decidiram entrar na corrida mesmo sem o respaldo formal de seus partidos, sendo considerados “azarões” na competição.

A respeito da Câmara, o Novo anunciou, na segunda-feira (27), que o deputado Marcel van Hattem (RS) será seu candidato à presidência. Ele já havia concorrido ao cargo em 2021 e 2023, recebendo 13 e 19 votos, respectivamente, ambas as vezes perdendo para o atual presidente Arthur Lira (PP-AL). A candidatura de Van Hattem vinha sendo discutida pelo deputado em suas redes sociais, e ele enfrentará também o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), que já havia se lançado como candidato no ano anterior. O PSOL, por sua vez, mantém a tradição de apresentar um candidato próprio em suas disputas internas, mesmo quando há uma clara preferência por outros nomes, como aconteceu na última eleição, quando Chico Alencar (RJ) obteve 21 votos, em comparação com os 464 votos que garantiram a reeleição de Lira.

Franco favorito, Hugo Motta goza do apoio de Lira e de todas as bancadas da Câmara, exceto o Novo e o PSOL. Ele possui uma base de apoio virtual de 495 deputados, o somatório das bancadas que lhe dão suporte. Contudo, vale ressaltar que a votação será secreta e pode haver “traições”, uma vez que o apoio formal do partido não assegura que todos os seus membros votarão de acordo.

No Senado, mesmo com os entendimentos promovidos por Alcolumbre, ele deverá enfrentar quatro adversários. O Podemos, que possui uma lista dividida, indicará dois candidatos: Marcos do Val (ES) e Soraya Thronicke (MS). Outros três senadores da mesma sigla estão na expectativa de apoiar Alcolumbre. A oposição ao governo Lula vem com mais dois candidatos na disputa: o senador Eduardo Girão (Novo-CE), único representante de seu partido, também decidiu se candidatar.

Sob críticas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) também declarou suas intenções de participar do pleito. O senador, que foi ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações no governo anterior, tem enfrentado resistências de membros do PL e de apoiadores de Bolsonaro, que buscam convencê-lo a desistir. O partido decidiu apoiar Alcolumbre para garantir uma posição na Mesa Diretora, desejando evitar a situação de 2023, quando Rogério Marinho (PL-RN) foi derrotado, resultando na perda de cargos e representação na Mesa.

Para conseguir ser eleito, um candidato necessita dos votos de 41 senadores, o que representa a maioria absoluta. Alcolumbre conta com o suporte de todas as bancadas, exceto do PSDB e do Novo, e já ocupou o comando do Senado entre 2019 e 2020.

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