A investigação sobre o comportamento de acasalamento dos caranguejos-violinistas machos identificou quatro etapas distintas no processo de cortejo. Essa pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de Oxford e utilizou geofones para registrar os sons produzidos pelos machos ao bater suas garras ou conchas no solo durante a paquera.
Os cientistas concentraram-se no caranguejo-violinista (Afruca tangeri) e descreveram as fases do cortejo, que incluem acenos de garras, sequências de movimentos e batidas corporais, além de tamborilar embaixo do solo. Esses comportamentos são essenciais para a comunicação entre os machos e as fêmeas.
Os resultados da pesquisa indicaram que machos com garras maiores emitem sinais sísmicos mais fortes, permitindo que as fêmeas avaliem a qualidade dos parceiros a uma certa distância. Essa forma de comunicação é vital para o sucesso reprodutivo, uma vez que as fêmeas podem selecionar machos mais aptos com base na intensidade dos sons que produzem.
Além disso, os pesquisadores observaram que os machos não conseguem enganar as fêmeas quanto ao seu tamanho físico. A força dos sinais sísmicos está diretamente vinculada à aptidão do macho. A pesquisa também confirmou que a variação no ritmo, duração e intensidade dos sons pode refletir diferentes comportamentos de cortejo, aumentando a complexidade da interação entre os sexos. Os resultados foram publicados na revista Journal of Experimental Biology.