21 abril 2025
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Cardeais Prominentes para o Conclave: Quem São os Favoritos na Escolha do Próximo Papa?

Cardeais de várias partes do mundo estão se dirigindo a Roma para o funeral do Papa Francisco, que faleceu no dia 21 de outubro. Além disso, participarão das congregações gerais, que são as reuniões preparatórias antes do conclave. Dentre os presentes, há 135 cardeais eleitores, com idade inferior a 80 anos, habilitados a votar. Entre eles, merecem destaque 15 cardeais que poderão influenciar decisivamente na escolha do próximo pontífice. Apesar de alguns observadores apontarem certos nomes como “papáveis”, ou favoritos, a eleição é sempre incerta, tornando qualquer previsão arriscada.

Pietro Parolin, da Itália, atualmente com 70 anos, é o secretário de Estado do Vaticano e figura relevante no contexto internacional. Com vasta experiência, ele é conhecido por suas habilidades diplomáticas e por suas interações com diversos líderes ao redor do mundo. Seu histórico inclui a assinatura de um acordo significativo entre a Santa Sé e a China em 2018, referente à nomeação de bispos.

Pierbattista Pizzaballa, também da Itália e com 60 anos, é o patriarca latino de Jerusalém. Conhecido por seu profundo conhecimento do Oriente Médio e suas competências linguísticas, ele defende a paz na região, especialmente após o recente conflito entre o movimento Hamas e Israel. Em 2023, ele se tornou o primeiro patriarca de Jerusalém a ser elevado a cardeal.

Matteo Maria Zuppi, arcebispo de Bolonha, tem 69 anos e é reconhecido por seu trabalho como diplomata e mediador. Membro da Comunidade Romana de Sant’Egidio, ele tem um histórico de mediação em contextos como Moçambique e na paz na Ucrânia. Sua popularidade na Itália é impulsionada por sua defesa dos direitos dos migrantes e de grupos marginalizados.

Claudio Gugerotti, de 69 anos e também italiano, é um diplomata poliglota que se especializou nas relações com o mundo eslavo. Ele atuou como núncio em diversos países e atualmente é o prefeito do dicastério para as Igrejas Orientais, cargo que ocupa desde 2022.

Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha, com 66 anos, defende o diálogo interreligioso e a luta pelos direitos dos migrantes. Ele foi bispo auxiliar em Marselha e, em 2023, liderou a visita do papa à cidade. Em abril, assumiu a presidência da Conferência Episcopal Francesa.

Anders Arborelius, 75 anos, é o bispo de Estocolmo e o primeiro sueco católico a se tornar cardeal. Ele é reconhecido por suas opiniões conservadoras, especialmente em relação a casais homossexuais e divorciados, mas, ao mesmo tempo, promove a acolhida de migrantes.

Mario Grech, bispo de Gozo, Malta, 68 anos, teve um papel importante no sínodo convocado por Francisco sobre questões relevantes para a Igreja. Ele ajudou a mediar discussões sobre o papel das mulheres e dos divorciados.

Péter Erdö, arcebispo de Budapeste, tem 72 anos e é visto como uma figura intelectual com uma postura conservadora em relação a temas como o divórcio e a homossexualidade. É ativo no diálogo com outras religiões, incluindo o judaísmo.

Jean-Claude Hollerich, arcebispo de Luxemburgo e com 66 anos, é um cardeal jesuíta que se destacou por seu compromisso com a cultura e educação, além de ser uma figura de diálogo interreligioso.

Na Ásia, Antonio Tagle, de 67 anos e ex-arcebispo de Manila, é conhecido por sua defesa dos pobres e críticas à Igreja em relação a questões de abuso. Ele foi criado cardeal em 2012 e figura entre os papáveis em 2013.

Charles Maung Bo, arcebispo de Yangon, Mianmar, com 76 anos, é uma voz proeminente por diálogo e reconciliação em um país marcado por conflitos. Ele é o único cardeal de Mianmar e defende os direitos humanos e a não violência.

Na África, Peter Turkson, cardeal de 76 anos de Gana, é frequentemente considerado um candidato para a sucessão ao papado. Ele participa ativamente de discussões sobre economia e justiça social.

Fridolin Ambongo, de 65 anos e arcebispo de Kinshasa, é um defensor da paz e do diálogo em sua terra natal, a República Democrática do Congo. Sua posição como cardeal surgiu em meio a sua luta contra as injustiças em seu país.

Na América, Robert Francis Prevost, 69 anos, é o prefeito do Dicasterium para os Bispos, tendo uma vasta experiência como missionário no Peru. Ele também lidera a Comissão Pontifícia para a América Latina.

Timothy Dolan, arcebispo de Nova York, de 75 anos, é uma figura carismática e de presença forte na mídia, conhecida por seu otimismo e humor. No entanto, mantém uma postura conservadora em questões teológicas, como o aborto e o abuso infantil.

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