Carlo Ancelotti comunicou oficialmente à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sua decisão de não assumir a seleção brasileira. O treinador italiano, que possui um contrato com o Real Madrid até 2026, encerrou meses de especulações sobre sua possível transferência para o Brasil.
As negociações estavam avançadas e um contrato já havia sido elaborado. Inicialmente, esperava-se que Ancelotti assumisse em junho, após o término da temporada europeia. Contudo, o treinador informou que só estaria disponível em agosto, o que surpreendeu a CBF.
Um dos principais obstáculos foi a posição do Real Madrid. Ancelotti solicitou 4 milhões de euros para um desligamento antecipado, mas a solicitação foi negada pelo presidente Florentino Pérez. A CBF não se dispôs a arcar com a multa rescisória, e o clube espanhol não concordou em liberá-lo antes do Mundial de Clubes.
Além disso, Ancelotti avaliava uma proposta da Arábia Saudita, que poderia render até 50 milhões de euros líquidos por temporada. Essa seria a segunda vez que o treinador recusa uma abordagem da seleção brasileira, já que, em 2023, a CBF havia anunciado um acordo verbal para que ele assumisse em junho de 2024, informação posteriormente negada por Ancelotti, que renovou seu contrato com o Real Madrid em dezembro do mesmo ano.
Com a desistência de Ancelotti, Jorge Jesus tornou-se o principal candidato para a função. O treinador português, que estaria deixando o Al-Hilal, considera positivamente a oportunidade de comandar a seleção brasileira. A CBF busca definir rapidamente um novo técnico para a próxima Data Fifa em junho.
No Real Madrid, a relação com Ancelotti já enfrentava desgaste devido aos resultados abaixo do esperado, e o clube passa a considerar Xabi Alonso como o principal nome para substituí-lo.