13 março 2025
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Casas Bahia Reduz Prejuízo em 50% no Quarto Trimestre

A Casas Bahia registrou um lucro negativo de R$ 452 milhões no quarto trimestre, diminuindo em comparação à perda de R$ 1 bilhão do ano anterior. O balanço financeiro, publicado na noite de quarta-feira, apresentou aumentos na receita líquida e na eficiência operacional da empresa. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado alcançou R$ 640 milhões, um crescimento de quatro vezes em relação ao valor do mesmo período do ano passado. A margem Ebitda ajustada subiu de 2,2% para 8%, conforme relatado pela empresa.

A companhia atribui este desempenho positivo à otimização contínua das despesas, sendo que os gastos anuais relacionados a vendas, gerais e administrativos (SG&A) foram reduzidos em R$ 384 milhões. No quarto trimestre, essas despesas caíram 2,5% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 1,6 bilhão. O diretor financeiro do grupo, Elcio Ito, informou que há uma tendência de melhora nos resultados operacionais, ressaltando a necessidade de avançar ainda mais para enfrentar o aumento das despesas financeiras devido ao incremento nas taxas de juros.

O grupo, que também é proprietário da marca Ponto, obteve uma receita líquida de quase R$ 8 bilhões entre os meses de outubro e dezembro, representando um aumento de 7,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. As vendas, considerando o indicador GMV, subiram 9,9% no total, com um crescimento de 16,1% nas lojas físicas e 17,1% nas vendas de mesmas lojas. Além disso, as demandas judiciais trabalhistas relacionadas à Casas Bahia totalizaram R$ 196 milhões no quarto trimestre, um número 14% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado.

O fluxo de caixa livre da empresa no trimestre finalizado em dezembro atingiu R$ 1,2 bilhão, o maior registrado nos últimos cinco anos, em comparação aos R$ 721 milhões do ano anterior. No acumulado de 2024, essa linha somou R$ 976 milhões, marcando um aumento de 50%. Durante o quarto trimestre, a empresa encerrou oito lojas e reduziu cerca de 60 posições, uma medida que deve se repetir ao longo de 2025.

Foi destacado também o processo de conversão de lojas em megalojas, um modelo que oferece um diferencial significativo em termos de aumento de vendas e na percepção do cliente. O plano inclui uma avaliação contínua da expansão dessas unidades ao longo do ano, levando em consideração o cenário macroeconômico instável. Em relação às prioridades para 2025, a empresa mencionou a expansão do crediário, o aumento da rentabilidade no comércio eletrônico e a melhoria da experiência omnicanal.

Recentemente, a companhia anunciou o lançamento de seu fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), com um capital inicial de R$ 300 milhões, com o intuito de otimizar a operação de crediário. No quarto trimestre, a carteira ativa de crediário da Casas Bahia alcançou um recorde de R$ 6,2 bilhões, com crescimento de 15% em comparação ao ano anterior. A inadimplência acima de 90 dias ficou em 8%, apresentando uma melhora de 1,4 ponto percentual em relação ao quarto trimestre de 2023. A empresa manifestou o desejo de ampliar o crediário de forma cautelosa, considerando o cenário desafiador previsto para 2025, além de notar uma leve desaceleração no consumo observada entre o final do ano passado e o início deste ano.

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