15 abril 2025
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Célia Xakriabá solicita investigação da PF sobre agressões durante marcha indígena em Brasília

Quando a polícia utiliza bombas de gás e spray de pimenta em uma manifestação pacífica, onde mais de seis mil indígenas se reúnem para defender a Constituição, trata-se de uma ação que vai além de um simples incidente isolado. A declaração foi feita por uma parlamentar em resposta aos eventos ocorridos durante a marcha do Acampamento Terra Livre (ATL), realizada em frente ao Congresso Nacional em Brasília.

A deputada federal solicitou à Polícia Federal que investigue a violência policial enfrentada durante o ato. Durante a manifestação, ela relatou ter sido atingida por gás de pimenta e outros dispositivos de controle da multidão, e agora busca responsabilizar aqueles envolvidos e garantir sua segurança pessoal.

A parlamentar destacou a gravidade da resposta policial a um ato que visava promover um diálogo pacífico. Ela apontou que a agressão institucional requer investigação rigorosa e consequências adequadas para os responsáveis.

Além disso, foi solicitado o acesso a imagens de câmeras de segurança do Congresso, bem como a implementação de medidas que previnam futuros episódios de violência nas manifestações. Na ocasião, a deputada, ao tentar visitar a Câmara dos Deputados, sofreu queimaduras e observou que mulheres e crianças indígenas também foram feridas, evidenciando a brutalidade das forças de segurança.

A parlamentar ainda relatou a ocorrência de discursos racistas durante uma reunião da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Em resposta, foi encaminhada uma representação ao Supremo Tribunal Federal, que já iniciou uma investigação sobre os eventos.

Célia Xakriabá também apelou a instituições governamentais, como o Ministério das Mulheres e o Conselho Nacional dos Direitos Humanos, denunciando a violência política que sofreu. Ela argumentou que o incidente é uma manifestação de problemas sistêmicos, como o racismo e a exclusão de vozes indígenas na política.

A deputada enfatizou que a violência não se limitou ao aspecto físico, mas simbolizou um ataque ao direito de mulheres indígenas ocuparem espaços de poder. Ela defendeu que o uso de cocares e pinturas não deveria ser motivo de agressão, mas sim um símbolo de respeito e reconhecimento.

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