O técnico Rogério Ceni, do Bahia, criticou a organização do Campeonato Baiano após o empate sem gols contra o Vitória, ocorrido neste sábado (1) na Arena Fonte Nova. O Ba-Vi, que marcou o jogo de número 500 entre as equipes, foi parte da sexta rodada do Estadual. Ceni e seu time expressaram descontentamento em relação à arbitragem, mencionando que muitos lances foram paralisados inúmeras vezes e questionaram algumas decisões sobre impedimentos. Um dos pontos levantados por Ceni foi a ausência do árbitro de vídeo (VAR) na fase inicial da competição, que só será implementado nas semifinais.
Ceni afirmou que a falta de interesse nos jogos do Campeonato Baiano é um problema. “Vamos investir nisso, o Campeonato Baiano sempre vai existir. Mas ninguém quer jogar o Campeonato Baiano. Ou você acha que alguém gosta de ir para o interior jogar o Campeonato Baiano? O que dá lucro são jogos como o de hoje, os clássicos, aqui e no Barradão. Precisamos de estrutura, de VAR, de árbitros de fora [do Estado] e de comunicação entre os árbitros”, declarou o técnico em uma coletiva de imprensa. Ele também fez críticas à situação dos campos e à qualidade dos estádios do interior.
Composto por dez equipes na fase inicial, o Campeonato Baiano vê cada time jogar nove vezes para determinar quatro que avançarão para as semifinais. Atualmente, o Bahia ocupa a terceira posição com 9 pontos, três atrás do líder Vitória, que soma 12 pontos após seis rodadas. “É um campeonato que todo mundo menciona, mas poucos querem investir. Tenho consciência que todos jogam porque há uma vaga na Copa do Brasil em jogo, e o campeão pode ficar satisfeito, mas se desejam que o torneio tenha realmente um valor adicional, é necessário mais investimento”, evaluou Ceni.
Na próxima quarta-feira (5), o Bahia voltará a jogar fora de casa, enfrentando o Juazeirense em Juazeiro, pela segunda rodada da Copa do Nordeste, organizada pela CBF. A partida está marcada para às 19h (horário de Brasília).