22 março 2025
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Centrão Lança Candidatura ao TCU e Agita a Corrida de 2026

O deputado Danilo Forte (União-CE) já se colocou como candidato a uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), que será aberta em fevereiro de 2026 devido à aposentadoria do ministro Aroldo Cedraz. Essa candidatura deverá intensificar a disputa entre os deputados na Câmara dos Deputados. O assento foi prometido ao Partido dos Trabalhadores (PT) como parte de um acordo que resultou na eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara. No entanto, muitos parlamentares passaram a acreditar que o pacto deixou de ser válido após a nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais, uma vez que ela era a postulante preferida para a vaga no TCU.

Danilo Forte, que atualmente é relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 e possui bom trânsito no Centrão, utiliza sua idade como um argumento favorável em sua candidatura. Em uma eventual posse no tribunal de contas, Forte teria 67 anos e ficaria por um período de apenas oito anos, até a aposentadoria compulsória. Essa situação pode ser enxergada por seus colegas como uma oportunidade de não “ocupar” a vaga por um longo tempo. Além de Danilo, outros deputados como Hugo Leal (PSD-RJ) e Soraya Santos (PL-RJ) também manifestaram interesse na vaga deixada por Cedraz, que é uma indicação da Câmara. O deputado Elmar Nascimento (União-BA), que renunciou à sua candidatura à presidência da Câmara, também poderia ser um candidato viável.

O último ministro eleito para o TCU foi o ex-deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR), que assumiu o cargo em 2023 com 39 anos. O TCU é composto por nove ministros titulares, sendo que três são selecionados pela Câmara dos Deputados, três pelo Senado e três pelo Executivo. Dentre os indicados pelo Executivo, é necessário que dois sejam, alternadamente, representantes do corpo de auditores e do Ministério Público junto ao TCU. A ruptura do acordo com o PT pode resultar em um cenário semelhante ao das eleições anteriores, nas quais o partido buscou apoiar seus candidatos até o final. A votação para a seleção dos ministros é secreta, realizada em um único turno no plenário da Câmara.

Historicamente, exemplos de eleições passadas incluem Augusto Nardes (PP-RS), que ganhou a disputa em 2005 contra o deputado José Pimentel (PT-CE), recebendo 203 votos a 137. No ano seguinte, Aroldo Cedraz, então no PFL da Bahia, foi eleito com 172 votos, superando Paulo Delgado (PT-MG), que obteve 148 votos. Também na disputa está Cezar Miola, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), que se apresenta como uma alternativa de perfil técnico, distante da política tradicional. Miola é servidor de carreira do TCE-RS e já atuou como presidente da Atricon, a associação que representa os tribunais de contas em todo o Brasil.

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