Os principais nomes em destaque para a nova liderança do governo na Câmara dos Deputados são Isnaldo Bulhões, do MDB, e Antônio Brito, do PSD. Essa escolha tem como objetivo criar um equilíbrio nas forças políticas da articulação, considerando a atual situação do governo.
A recente nomeação de Gleisi Hoffmann, indicada pelo presidente Lula para a Secretaria de Relações Institucionais, gerou controvérsias, especialmente entre membros do Centrão. Hoffmann, representante do Partido dos Trabalhadores (PT), terá como principal função auxiliar o presidente na seleção do novo líder governamental na Câmara. Ela defende que o escolhido deve ser de um partido do centro, e entre os principais postulantes estão Bulhões e Brito. A nomeação acontece em um contexto em que Hoffmann, sendo do PT, pode enfrentar desafios nas negociações com congressistas que tendem a se posicionar mais próximos da oposição.
Críticos da nomeação de Hoffmann levantam questões sobre seu histórico, apontando que seu perfil tende a ser mais combativo e menos conciliador, o que se tornou aparente durante seu tempo como presidente do PT. Nesse período, ela emitiu críticas a medidas de ajustes fiscais propostas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Entretanto, seus apoiadores ressaltam que ela possui um bom relacionamento com os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, ambos expressaram apoio à sua designação.
A cerimônia de posse de Gleisi Hoffmann está agendada para o dia 10 de março. Sua nomeação ocorre em um momento no qual o governo enfrenta um declínio em sua popularidade, conforme indicado por pesquisas de opinião. Especialistas sugerem que a ampliação da base de apoio do governo pode ser essencial, recomendando a inclusão de representantes de partidos mais centristas para contrabalançar as críticas direcionadas à sua ênfase em pautas ideológicas da esquerda. A escolha de Hoffmann, uma figura proeminente do PT, é considerada por alguns analistas como uma estratégia que poderia reforçar a percepção de um alinhamento ideológico do governo.