A pauta ESG tem ganhado destaque entre os empresários brasileiros, de acordo com uma pesquisa realizada pela Plano em colaboração com a Mynd e conduzida pela Ilumeo. Os dados revelam que 69% dos CEOs afirmam adotar plenamente práticas relacionadas à governança ambiental, social e corporativa em suas operações. O estudo revelou que, em 2023, 70 empresas estavam implementando iniciativas vinculadas ao ESG, um aumento em relação às 47 que o faziam em 2022. As políticas mais robustas são observadas nas empresas que estão listadas na bolsa de valores.
O BNDES reporta um lucro recorrente de R$ 7,2 bilhões no semestre, representando um crescimento de 94,3% em comparação a 2022. A controladora da Shopee superou as projeções de receita, entretanto, os custos elevados resultaram em uma queda no lucro. Por outro lado, a CSN anunciou um prejuízo de R$ 222,6 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro obtido no ano anterior.
Atualmente, 70% das empresas listadas na B3 compartilham informações sobre práticas ESG, e 57% delas possuem auditoria ou revisão de entidades independentes. Esse cenário pode ser um reflexo do fortalecimento das regulamentações no Brasil. No ano passado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sancionou o Anexo ASG, que contém diretrizes elaboradas pela B3 para promover a diversidade de gênero e a inclusão de grupos sub-representados em posições de liderança, além de facilitar a divulgação de boas práticas ESG pelas companhias listadas.
As micro e pequenas empresas se destacam na adoção de atividades relacionadas ao ESG, com 89% delas implementando alguma iniciativa, embora cerca de 30% ainda não estejam familiarizadas com o termo. A pesquisa aponta que os principais motivadores para a integração do ESG nas empresas incluem a intenção de gerar um impacto positivo nas questões socioambientais, aprimorar a reputação das marcas e fortalecer os relacionamentos com as partes interessadas. Diante disso, a maior parte (72%) das empresas se foca na dimensão social de suas agendas, seguida pela governança (68%) e pelas questões ambientais (66%). A fundadora e CEO da Plano ressalta que “investir no ‘S’, de social, representa uma oportunidade para as empresas mostrarem seu compromisso com o bem-estar das comunidades e dos colaboradores, resultando em melhorias não apenas para a reputação da marca, mas também no desenvolvimento de produtos voltados a atrair consumidores e stakeholders”.