Um anúncio de “60 cervejas por R$90” pode ser atrativo, mas as bebidas não são a aposta principal usada por golpistas em fraudes digitais. Um estudo revela que, com frequência, os criminosos focam em métodos que afetam financeiramente as vítimas. Aproximadamente 50% dos golpes examinatados nessa pesquisa evidenciam que a abordagem dos golpistas é seduzir as pessoas ao prometerem benefícios financeiros imediatos.
A iniciativa “Será que é golpe?” foi criada por uma agência de checagem de fatos, que é pioneira no Brasil. O site oferece informações verificadas sobre diferentes tipos de fraudes e fornece orientações sobre como agir se alguém se tornar uma vítima.
Além disso, muitos indivíduos são atraídos pela perspectiva de receber brindes, como celulares e vales-presentes, que representam ou provocam 18% de cada proposta de golpe, enquanto chocolates aparecem em cerca de 10% das fraudes digitais. O Dia Internacional da Checagem de Fatos, celebrado em 2 de abril, coincide com o Dia da Mentira (1º de abril), e serve como um marco na luta contra a desinformação tanto no Brasil quanto em outros lugares. Especialistas ressaltam que a desinformação deve ser combatida com um fluxo consistente de informação.
As plataformas dedicadas a combater a desinformação desempenham um papel crucial ao fornecer dados que auxiliam na tomada de decisões, essencial para se proteger do mar de opiniões divergentes que são apresentadas como verdades absolutas.
A fundação da agência de checagem foi motivada pela relevância da informação confiável em qualquer contexto, especialmente nas discursos políticos. A necessidade de checagem de fatos se tornou ainda mais relevante com o crescimento do ambiente informacional atual.
A desinformação é um problema que transcende o jornalismo usual, tocando áreas da psicologia e sociologia. Essa questão envolve a necessidade humana de se integrar a um grupo, buscando validação, o que muitas vezes leva à aceitação de informações errôneas que se alinham aos valores e desejos pessoais.
Para romper com esse ciclo de desinformação, é necessário um esforço colaborativo no curto prazo para amplificar informações verdadeiras, além de um trabalho a longo prazo para incorporar princípios de checagem na educação básica.
Filhos podem ajudar seus pais idosos a discernir fake news com pedagogia. A compreensão de que diferentes gerações precisam de habilidades específicas e de uma comunicação clara é fundamental para promover uma cultura de checagem entre elas.
A incerteza quanto à quantidade de desinformação no futuro é evidente; no entanto, é certo que seu formato mudará. Com a evolução das plataformas de comunicação, narrativas enganosas continuam a se adaptar, atingindo diversos temas, desde eleições até questões sociais. Reconhecer essas estratégias é vital para equipar a população a enfrentá-las.
