O Hamas está programado para libertar três reféns israelenses no dia 8 de fevereiro, em uma troca por prisioneiros palestinos. Essa ação faz parte de um acordo de cessar-fogo que busca facilitar o término do conflito que se arrasta há 15 meses em Gaza. Os reféns que serão liberados incluem Ohad Ben Ami e Eli Sharabi, que foram sequestrados durante um ataque ao Kibutz Be’eri em 7 de outubro de 2023, além de Or Levy, que foi capturado em um festival de música. As informações foram divulgadas pelo Hamas.
Para cada refém liberado, Israel soltará 183 prisioneiros palestinos. Dentre esses, estão 18 indivíduos cumprindo penas perpétuas, 54 que estão encarcerados por longos períodos e 111 detidos durante o conflito em Gaza, conforme declarado pelo escritório de mídia do Hamas. Essa troca representa mais um episódio dentro de uma série de negociações que já resultaram na libertação de 13 reféns israelenses e cinco trabalhadores tailandeses sequestrados durante o ataque.
O cessar-fogo, que está em vigor há quase três semanas, cumpre um período de 42 dias e foi estabelecido com o auxílio dos Estados Unidos e com mediação do Egito e do Catar. Entretanto, as preocupações sobre a possibilidade de o acordo falhar antes da liberação total dos reféns aumentaram, especialmente após um recente apelo do presidente dos EUA para que os palestinos deixassem Gaza e que o território fosse administrado e desenvolvido pelos Estados Unidos.
Grupos árabes e palestinos reagiram negativamente à proposta, acusando-a de promover uma forma de limpeza étnica. Apesar disso, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu apoiou a opinião de Trump, atormentando ainda mais o cenário, ao solicitar que seu ministro da defesa desenvolvesse estratégias para permitir que palestinos que desejassem deixar Gaza o fizessem.
Em conformidade com o acordo, um total de 33 indivíduos, incluindo crianças, mulheres e homens mais velhos israelenses, será libertado como parte da negociação inicial. Conversações sobre uma segunda fase começaram nesta semana, visando garantir a devolução dos reféns restantes e a retirada total das tropas israelenses de Gaza, como um passo para alcançar um término definitivo do conflito.
O ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas em Israel, além do sequestro de mais de 250 indivíduos. Em resposta, Israel lançou uma intensa ofensiva aérea e terrestre em Gaza, que, segundo autoridades de saúde locais, resultou na morte de mais de 47.000 palestinos e na devastação do enclave.
