Fontes russas reagiram com cautela a uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias, apoiada pela Ucrânia. Essas fontes afirmam que qualquer acordo para encerrar a guerra na Ucrânia deve considerar os avanços da Rússia e abordar as preocupações de Moscou. A invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 resultou em um elevado número de mortos e feridos, além de deslocar milhões de pessoas, provocando o maior embate entre Moscou e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis Cubanos, em 1962.
O cenário político internacional mudou quando o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, adotou uma abordagem diferente em relação à Rússia, promovendo negociações bilaterais e interrompendo o envio de ajuda militar e o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia. Ele argumentou que a Ucrânia deveria aceitar os termos para pôr fim ao conflito. Porém, após o anúncio da Ucrânia sobre sua disposição em apoiar a proposta de cessar-fogo, os Estados Unidos decidiram retomar a assistência militar e o compartilhamento de inteligência.
Uma fonte sênior russa informou que o presidente Vladimir Putin teria dificuldades em aceitar a proposta de trégua sem antes discutir os termos e obter garantias tangíveis. A mesma fonte destacou que a posição da Rússia é robusta no momento, devido ao seu avanço no conflito, mas advertiu que a falta de garantias poderia enfraquecer essa posição rapidamente e resultar em culpabilidade da Rússia pelo Ocidente na continuação da guerra.
Outro oficial sênior da Rússia interpretou a proposta como potencialmente prejudicial, sugerindo que seria complicado para Putin interromper a guerra sem garantias ou promessas claras. Uma terceira fonte indicou que a decisão dos Estados Unidos de reiniciar a assistência militar e o compartilhamento de inteligência estava associada à proposta de cessar-fogo, formando uma estratégia complexa.
Até o presente momento, o governo russo ainda não emitiu comentários oficiais sobre a proposta. Em uma declaração anterior, o líder do Kremlin enfatizou que a Rússia não busca apenas uma trégua, mas sim uma paz de longo prazo garantida, levantando questões desafiadoras sobre como essas garantias poderiam ser asseguradas.