sábado, fevereiro 8, 2025
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Chef brasileira brilha como jurada no Bocuse d’Or

Realizada em Lyon, na França, a 20ª edição do Bocuse d’Or incluiu a chef Giovanna Grossi, representando o Brasil como única jurada na competição e membro do Comitê Organizador Internacional. Grossi, que anteriormente tinha sido a primeira mulher brasileira a participar da final do evento em 2017, com apenas 23 anos, também coordenou a equipe brasileira na edição de 2019. Durante o concurso, sua responsabilidade envolveu avaliar aspectos como técnica, complexidade, utilização de ingredientes, métodos de preparo e profissionalismo dos 24 concorrentes.

A presença de uma única representante brasileira nesta competição gerou reflexões em Grossi. Ela expressou honra em fazer parte da família Bocuse d’Or e em dar continuidade ao legado do mestre da gastronomia. A chef mencionou uma inquietude interna, um desejo de que o Brasil amplie sua participação e interação com o Bocuse d’Or, considerado o maior concurso gastronômico do mundo.

Em relação à experiência de comandar uma equipe em comparação com a de julgar, Grossi destacou a dificuldade de ser imparcial como jurada. A intimidade com algumas equipes já conhecidas pode gerar um desejo de ajudar durante a competição. Contudo, ela reconhece a necessidade de manter a objetividade, sugerindo que, em certos aspectos, participar da competição pode ser mais fácil, apesar do extenso tempo de preparação exigido.

A popularidade de competições gastronômicas entre o público tem avançado, embora o Brasil ainda não tenha adotado completamente o espírito de competição entre chefs. Enquanto o Senac/Senai leva representantes brasileiros para a Worldskills, onde estudantes de diversas áreas competem, o cenário brasileiro ainda é marcado por reality shows de culinária que não exigem pré-treinamento. Neste contexto, a competição do Bocuse d’Or se destaca por seu rigor, demandando dois anos de preparação e estudo.

A crescente visibilidade dessas competições internacionais pode ser benéfica para o Brasil. Grossi enfatizou que a promoção da cultura brasileira no cenário gastronômico pode contribuir para o fomento do turismo nesse setor. O turismo é vital para a economia do país, e exemplos como o Peru demonstram como o apoio governamental e o patrocínio podem alavancar a presença de uma nação no cenário gastronômico global.

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