A China emitiu um aviso a outras nações sobre a possibilidade de firmarem acordos comerciais com os Estados Unidos que possam prejudicar seus interesses. O Ministério do Comércio da China declarou que se opõe veementemente a qualquer país que celebre um acordo às custas da China, afirmando que responderá “com determinação” através de contramedidas recíprocas se essa situação ocorrer. A pasta enfatizou ainda a disposição do país em fortalecer a cooperação e a solidariedade com todas as partes, colaborando para enfrentar desafios e se opondo ao unilateralismo.
Essa declaração ocorre em um contexto em que diversos países estão buscando reduções ou isenções das tarifas comerciais que foram impostas pelos Estados Unidos. As tarifas recíprocas foram suspensas por um período de 90 dias no início do mês, exceto para a China, que, como resposta, implementou tarifas retaliatórias.
Além disso, o Ministério do Comércio chinês afirmou que ninguém conseguirá escapar das consequências do unilateralismo e do protecionismo. De acordo com a declaração, se o comércio internacional voltar a um cenário onde a lei da selva predomina, todos os países poderão se tornar vítimas.
Esse alerta da China coincide com o início de negociações comerciais entre os Estados Unidos e diversas nações. O presidente americano mencionou, por meio de uma rede social, que líderes mundiais e executivos de empresas têm buscado alívio em relação às tarifas.
Em um outro post, o presidente listou várias práticas que considera como “trapaças não tarifárias”, incluindo manipulação cambial, subsídios à exportação e roubo de propriedade intelectual, características frequentemente apontadas por ele como barreiras comerciais injustas. A lista também abrange normas agrícolas e técnicas de proteção.
