19 abril 2025
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China Convoca Reunião Crucial do Conselho de Segurança da ONU

A China convocou, em 16 de abril, uma reunião informal no Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a guerra comercial com os Estados Unidos, a qual o país asiático classificou como uma forma de “intimidação”. O aumento de tarifas, anunciado pelo então presidente dos EUA, visa, segundo comunicado enviado a 193 Estados-membros da ONU, “lançar uma sombra sobre os esforços globais pela paz e pelo desenvolvimento”. De acordo com informações da agência Reuters, o encontro está agendado para 23 de abril.

No documento, ressalta-se que “todas as nações, especialmente os países em desenvolvimento, são vítimas de unilateralismo e práticas de bullying”. Também é destacado que o uso de tarifas como uma ferramenta de pressão extrema resultou em graves violações das regras do comércio internacional, provocando impactos significativos na economia mundial e no sistema de comércio multilateral, prejudicando assim os esforços de paz e desenvolvimento.

Recentemente, a China elevou as tarifas sobre produtos americanos para 145%, enquanto os EUA implementaram taxas sobre importações chinesas que também alcançam 145%. Em um novo comunicado, a Casa Branca gerou confusão ao não esclarecer de que forma os cálculos foram realizados, ao afirmar que produtos chineses poderiam ser submetidos a impostos de até 245% em certas situações.

O comunicado indica que “a China enfrenta uma tarifa de até 245% sobre importações para os Estados Unidos em virtude de suas ações retaliatórias. Isso inclui uma tarifa recíproca de 125%, uma tarifa de 20% para tratar da crise do fentanil e tarifas da Seção 301 sobre bens específicos, variando de 7,5% até 100%”.

Diante do impasse entre as nações, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento informou que a taxa de crescimento econômico global pode diminuir para 2,3% devido à instabilidade comercial.

Paralelamente, o presidente chinês, Xi Jinping, iniciou uma viagem pelo Sudoeste Asiático, começando por Hanói, capital do Vietnã. Durante a visita, Xi pediu que os dois países se unam contra a intimidação unilateral e promovam a estabilidade do sistema de livre comércio global. O itinerário da viagem inclui também a Malásia e o Camboja.

A visita de Xi já estava planejada antes do anúncio das tarifas por parte de Trump, mas agora adquire um simbolismo maior, representando uma oportunidade para a China se firmar como um parceiro comercial estável e conquistar aliados que estão insatisfeitos com as decisões do governo dos EUA.

Em um artigo publicado no jornal do Partido Comunista do Vietnã, Nhandan, Xi afirmou que “não existem vencedores em guerras comerciais e tarifárias” e que o protecionismo “não leva a lugar algum”. Em uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da China, expressou-se que o país “nunca” se submeterá aos EUA e exortou o governo americano a “cessar suas ações imprevisíveis e destrutivas” se desejar dialogar. Fontes da mídia indicam que Trump se recusou a iniciar conversas, aguardando que Xi dê o primeiro passo.

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