16 abril 2025
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China denuncia ataques cibernéticos “sofisticados” dos EUA durante Olimpíadas

A polícia na cidade de Harbin, localizada no nordeste da China, apontou a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) como responsável por ataques cibernéticos “avançados” durante os Jogos Asiáticos de Inverno, realizados em fevereiro. Esses ataques foram direcionados a setores fundamentais da infraestrutura. Três supostos agentes da NSA foram incluídos em uma lista de procurados e as universidades da Califórnia e Virginia Tech também foram citadas como envolvidas, conforme reportado pela agência de notícias estatal Xinhua.

Os detalhes sobre o envolvimento das universidades americanas não foram esclarecidos. Entretanto, o relatório apresentou informações substanciais sobre os ciberataques e os indivíduos supostamente envolvidos, em um contexto de crescente tensão comercial entre as duas principais economias do mundo. Este clima de conflito já levou a alertas de viagem para turistas chineses que planejavam visitar os Estados Unidos, além de ter interrompido a importação de filmes norte-americanos para a China.

De acordo com a publicação, “a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) lançou ataques cibernéticos contra setores estratégicos, como energia, transporte, conservação de água, comunicações e instituições de pesquisa voltadas para a defesa nacional na província de Heilongjiang”. A Embaixada dos Estados Unidos na China não forneceu uma resposta imediata a um pedido de comentário enviado via e-mail. Os ataques tinham como objetivo “sabotagem da infraestrutura crítica de informações da China, provocação de distúrbios sociais e roubo de informações confidenciais”, conforme relatou o departamento de segurança pública de Harbin.

Ainda segundo o relato, as operações da NSA aconteceram durante os Jogos Olímpicos de Inverno, e houve suspeitas de que “backdoors” pré-instaladas em sistemas operacionais Microsoft Windows foram ativadas em dispositivos específicos em Heilongjiang. Três indivíduos mencionados no relatório foram identificados como responsáveis por ciberataques repetidos à infraestrutura crítica de informações do país, além de terem atacado a Huawei e outras empresas.

Os Estados Unidos costumam acusar hackers ligados ao Estado chinês de realizarem ataques contra sua infraestrutura crítica e instituições governamentais. Recentemente, Washington anunciou o indiciamento de vários supostos hackers chineses que atacaram a Agência de Inteligência de Defesa dos EUA, o Departamento de Comércio e os ministérios das Relações Exteriores de Taiwan, Coreia do Sul, Índia e Indonésia. Por sua vez, Pequim nega envolvimento em atividades de espionagem cibernética no exterior.

Após anos de acusações por parte de governos ocidentais sobre ciberataques e espionagem industrial, organizações e agências governamentais chinesas começaram, nos últimos dois anos, a acusar os Estados Unidos e seus aliados de práticas semelhantes. Em dezembro, a China afirmou ter identificado e respondido a dois ciberataques dos EUA contra empresas de tecnologia chinesas com o objetivo de “roubar segredos comerciais” desde maio de 2023, mas não divulgou qual agência estava envolvida.

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