Pequim negou, no dia 24 de agosto, a existência de negociações comerciais em andamento entre os Estados Unidos e a China, em resposta à declaração do presidente Donald Trump, que indicou um diálogo aberto para resolver o impasse entre as duas maiores economias globais. O porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yadong, enfatizou em uma coletiva de imprensa que “não há atualmente negociações econômicas ou comerciais entre os Estados Unidos e a China.”
As tensões entre as duas potências econômicas resultam de uma intensa batalha comercial, impulsionada pelas novas tarifas que Trump impôs sobre produtos chineses, com algumas atingindo 145%. Em retaliação, a China implementou tarifas de 125% sobre as importações dos Estados Unidos. Essa disputa comercial, que Trump descreve como uma resposta a práticas comerciais injustas, tem causado perturbações nos mercados e alimentado preocupações sobre uma possível recessão global.
O porta-voz do ministério chinês reiterou que “quaisquer afirmações sobre o progresso das negociações econômicas e comerciais entre os dois países não têm fundamento e são desprovidas de base factual”. Ele também instou os Estados Unidos a corrigirem suas práticas inadequadas, manifestando a necessidade de sinceridade nas conversações e promovendo um retorno ao diálogo e à consulta em condições de igualdade. Trump, em suas declarações à imprensa, expressou que os Estados Unidos visam um “acordo justo com a China” e, ao ser questionado sobre o início de conversas com Pequim, indicou: “Tudo está ativo”.