O Ministério das Relações Exteriores da China divulgou um vídeo nas redes sociais como uma resposta à guerra comercial iniciada pelo ex-presidente Donald Trump. A mensagem, embora não mencione diretamente as tarifas impostas pelos Estados Unidos, compara ceder a pressões externas a “beber veneno para saciar a sede”, reafirmando que a China não se submeterá.
O vídeo, narrado em inglês e com legendas em chinês, relata eventos históricos que, segundo Pequim, exemplificam décadas de “agressões econômicas” dos EUA contra diversas nações, citando os casos da japonesa Toshiba e da francesa Alstom. Em contraste, a China se apresenta como um parceiro confiável e um defensor do livre comércio global, destacando que “permanece firme, independentemente da intensidade dos ventos adversos”.
A mensagem inclui uma convocação para que outros países ajam em relação à hegemonia, incentivando-os a “romper os muros da hegemonia” e a não se alinharem automaticamente aos Estados Unidos. Apesar do tom provocativo do vídeo, não são mencionadas as tarifas de até 145% impostas por Trump sobre produtos chineses, nem as retalições de 125% aplicadas pela China a produtos americanos. Esse lançamento acontece em um contexto de incertezas nos EUA, onde, apesar das declarações de Trump sobre a possibilidade de redução das tarifas, membros de sua equipe sinalizam que as sanções continuam a ser prioritárias nas negociações.