30 maio 2025
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China reage à revogação de vistos pelos EUA: Implicações e Consequências

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, declarou recentemente que o país se opõe firmemente à decisão dos Estados Unidos de revogar vistos de estudantes chineses. Segundo Mao, essa medida representa um pretexto para deslegitimar os estudantes oriundos da China.

Na quarta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou que a administração de Donald Trump implementará uma revogação agressiva dos vistos de estudantes chineses, abrangendo aqueles com ligações ao Partido Comunista Chinês ou que estejam inscritos em áreas consideradas estratégicas.

Estudantes chineses têm sido uma parte essencial das universidades americanas, que dependem do pagamento integral das mensalidades. Dados da AFP indicam que, no ano acadêmico de 2023-24, a China enviou 277.398 estudantes para instituições nos EUA, embora a Índia tenha superado esse número pela primeira vez em muitos anos.

Na terça-feira, o governo norte-americano já havia determinado a suspensão do agendamento de entrevistas para vistos de estudantes em embaixadas ao redor do mundo. Esta decisão ocorre em um contexto de controvérsia envolvendo a Universidade Harvard, que inicialmente foi impedida de matricular alunos internacionais por supostamente encobrir casos de antissemitismo e promover discriminação racial. No entanto, essa restrição foi temporariamente suspensa pela Justiça dos EUA.

Além disso, como parte de novas restrições, o Departamento de Estado dos EUA instruiu as seções consulares a interromperem qualquer agendamento adicional de vistos de estudante ou intercâmbio nas categorias F, M e J até que novas diretrizes sejam divulgadas nos próximos dias. Essa nova política pode causar atrasos no processamento de documentação, afetando instituições de ensino que já enfrentam críticas do governo Trump por serem consideradas “woke”.

A ordem reflete um endurecimento nas práticas de triagem adotadas pelos Estados Unidos, que desde março passaram a investigar se estudantes participaram de protestos pró-Palestina nos campi. Os agentes consulares agora são obrigados a examinar as redes sociais dos solicitantes à procura de qualquer ligação com “atividades terroristas ou organizações terroristas”, conforme revelado por um documento que foi divulgado na imprensa internacional.

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