A China determinou que as companhias aéreas nacionais interrompam todas as aquisições de aeronaves produzidas pela fabricante americana Boeing, em resposta à crescente tensão comercial entre Pequim e Washington. Este movimento ocorre em meio à implementação de tarifas significativas impostas pelos Estados Unidos, com valores chegando a 145% sobre diversos produtos chineses. Em retaliação, a China aplicou tarifas de 125% sobre importações dos EUA. Além disso, o governo chinês solicitou que as companhias aéreas interrompessem a compra de equipamentos e peças de aeronaves de empresas americanas, evidenciando o impacto das tarifas sobre os custos das aeronaves e de suas peças de reposição.
Dificuldades financeiras são esperadas para as companhias aéreas chinesas, que podem enfrentar desafios ao absorver esses custos adicionais provenientes das sobretaxas. De acordo com informações divulgadas, o governo chinês está considerando fornecer suporte às empresas que arrendam aeronaves da Boeing, que estão sentindo os efeitos do aumento nos custos operacionais. A administração atual dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, tem utilizado tarifas como uma ferramenta central em sua estratégia econômica, buscando pressionar outros países a oferecer concessões em negociações comerciais.
O presidente Trump estabeleceu uma tarifa geral de 10%, mas suspendeu, por um período de 90 dias, tarifas mais elevadas destinadas a diversos parceiros comerciais, mantendo assim a tensão sobre a China. Em um recente pronunciamento, o presidente chinês, Xi Jinping, alertou que a proteção comercial não resolverá os problemas e que, em uma guerra comercial, não haverá vencedores.