O Ministério do Comércio da China declarou que a implementação de novas tarifas pelos Estados Unidos é considerada “completamente infundada” e caracterizou as ações do governo americano como um “bullying unilateral”. A China assegurou que tomará “contramedidas” para proteger seus interesses comerciais.
Nesta terça-feira (8), o ministério chinês anunciou que o país está disposto a “lutar até o fim” em resposta à ameaça do presidente dos Estados Unidos de aumentar tarifas sobre produtos chineses para 50%. A partir de quarta-feira, 9, a proposta incluía uma tarifa de 34%, que adicionada às já existentes de 20%, resultaria em um total de 54% sobre as importações provenientes da China. Em resposta à intensificação dessa situação, o governo chinês decidiu instaurar uma tarifa de 34% sobre produtos americanos.
De acordo com o ministério, as contramedidas adotadas são destinadas a proteger a soberania, segurança e interesses de desenvolvimento da China, bem como a manter a ordem no comércio internacional. A cobrança das tarifas americanas é vista como múltiplos erros e ilustra uma vez mais a prática de chantagem pelo governo dos EUA. A China reafirma que não aceitará essa situação e, se os Estados Unidos persistirem nesse caminho, estará disposta a resistir com firmeza.
O jornal oficial do Partido Comunista, Renmin Ribao, destacou a capacidade da China de suportar a pressão dos Estados Unidos, afirmando que “ameaças e pressão não são o caminho adequado”. Em redes sociais, surgiram reações nacionalistas, com internautas mencionando que “não somos a China de 1840”, uma alusão ao histórico período de humilhação nacional. Influenciadores também criticaram a postura dos EUA, sugerindo possíveis retaliações, como a suspensão da cooperação em relação ao fentanil e restrições sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos.