14 abril 2025
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China se Reinventa: Novos Mercados em Resposta à Guerra Comercial com os EUA

A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China está forçando a indústria chinesa a buscar novos mercados para a venda de sua produção. As empresas do país asiático também estão considerando o uso de rotas alternativas para evitar as tarifas impostas pelos americanos. As tarifas americanas contra a China, assim como as respostas de Pequim a essas barreiras, têm efetivamente prejudicado o comércio entre as duas economias mais poderosas do mundo. Assim, as empresas na China precisam encontrar novos destinos para os 438 bilhões de dólares em produtos que eram destinados ao mercado americano apenas no ano anterior. A maior parte desses produtos consiste em itens manufaturados, e o mercado interno chinês não possui capacidade suficiente para absorver toda essa produção. Em resposta, a diplomacia chinesa está buscando abrir espaço no mercado europeu, que possui 449 milhões de consumidores.

Em um movimento significativo, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, contatou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von Der Leyen, no dia 8 de outubro, expressando a disposição da China em colaborar para desenvolver uma relação sólida e estável com a União Europeia. Essa situação coloca as empresas chinesas na posição de reduzir seus preços para acessar novos mercados, o que poderá ter um impacto nas cadeias produtivas nacionais.

No Brasil, o setor do aço é uma das áreas mais suscetíveis às consequências da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. As siderúrgicas brasileiras enfrentam desvantagens competitivas em relação às suas concorrentes chinesas, além do risco de que Pequim aumente ainda mais os subsídios ao setor, que já conta com forte apoio estatal. Apesar desse cenário desafiador, as ações das três maiores siderúrgicas brasileiras apresentaram um aumento significativo no mercado na quarta-feira (9). Também surgiram preocupações entre os líderes das indústrias de calçados e têxteis, que alertaram sobre o potencial de uma nova onda de práticas comerciais consideradas predatórias.

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