7 abril 2025
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China usa Ronald Reagan para desafiar tarifas exorbitantes

A Embaixada da China nos Estados Unidos utilizou, no dia 7 de abril, uma referência inusitada para criticar as tarifas impostas durante a administração de Donald Trump. Em uma publicação no X (anteriormente conhecido como Twitter), divulgou um vídeo do ex-presidente republicano Ronald Reagan. A legenda associava as declarações de Reagan de 1987 a uma nova relevância em 2025, destacando sua crítica a legislações protecionistas que, segundo ele, prejudicam a prosperidade e favorecem interesses de grupo.

No vídeo, Reagan alerta que a imposição de tarifas sobre produtos importados pode inicialmente parecer uma medida patriótica, mas, segundo ele, esse efeito é apenas temporário. “Quando alguém diz ‘vamos impor tarifas sobre as importações estrangeiras’, parece que estão fazendo algo positivo. Contudo, essa solução é efêmera”, destaca. Ele prossegue afirmando que isso leva as indústrias locais a dependerem da proteção governamental, resultando em uma falta de competitividade e inovação necessária para enfrentar os mercados globais.

Reagan também observa que tarifas altas costumam gerar retaliações por parte de outros países, resultando em guerras comerciais. “O resultado são tarifas adicionais, barreiras comerciais crescentes e uma competição cada vez menor”, afirma. Segundo ele, a elevação de preços devido às tarifas leva os consumidores a reduzirem suas compras, impactando ainda mais a economia.

No dia seguinte à imposição de tarifas, a China pediu aos Estados Unidos para reconsiderarem a tarifa de 54% sobre seus produtos. O Ministério do Comércio da China alegou que essa decisão dos EUA rompe anos de negociações destinadas a equilibrar a relação comercial entre os dois países. O ministério expressou forte desaprovação e anunciou que tomaria medidas para proteger seus direitos e interesses, considerando as tarifas americanas como “práticas unilaterais de intimidação”.

As tarifas impostas pelos EUA estão no centro da tensão comercial, com a China enfrentando novos impostos de 34%, além dos 20% já anunciados no início do ano. O ex-presidente Trump, ao mencionar essas tarifas, expressou respeito pelo presidente Xi Jinping, mas argumentou que a China estava obtendo vantagens injustas sobre os EUA. Com a implementação do ajuste, os exportadores chineses se depararão com uma tarifa básica de 10%.

Em resposta às novas tarifas, o Ministério das Finanças da China anunciou a aplicação de uma tarifa adicional de 34% sobre todos os produtos americanos, a partir do dia 10 de abril. Além disso, o Ministério do Comércio da China irá impor restrições adicionais às exportações de metais críticos, como samário e gadolínio, para os Estados Unidos, com efeito imediato.

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