O estado do Rio de Janeiro se encontra sob vigilância neste domingo (6) em função das severas chuvas que afligem a região desde a última sexta-feira (4). Embora algumas áreas tenham experienciado uma leve trégua, os riscos de deslizamentos e alagamentos permanecem elevados em várias localidades, conforme informações da Defesa Civil.
De acordo com um boletim divulgado neste domingo (6) pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), 53 cidades do estado estão em alerta máximo devido a potenciais ocorrências relacionadas às tempestades, incluindo enchentes e deslizamentos de terra. As cidades afetadas estão localizadas na Grande Rio, na Região Serrana e na Costa Verde.
A análise da situação pluviométrica indica um panorama de risco para diversas cidades do estado. Em Duque de Caxias, o risco de alagamento é considerado muito alto, enquanto Angra dos Reis, Mangaratiba, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Magé, Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis estão classificadas como de risco alto para alagamentos. No que se refere a deslizamentos, Angra e Petrópolis apresentam risco muito alto, e Duque de Caxias, Mangaratiba, Teresópolis e a cidade do Rio de Janeiro estão em risco alto.
Em Angra dos Reis, a prefeitura está implementando um esforço contínuo para apoiar os moradores impactados. As equipes municipais têm se dedicado à limpeza e desobstrução de ruas e córregos, além de fornecer assistência vital para as famílias. A administração local estabeleceu quatro abrigos e 33 pontos de apoio, atualmente acolhendo 382 pessoas e 40 animais de estimação.
Embora tenha ocorrido uma diminuição nas chuvas nas últimas 24 horas, com acumulados de 45 mm, Angra dos Reis permanece em alerta máximo, considerando que o total de chuvas atingiu 390 mm nos três dias anteriores. Essa quantidade representa um alto risco para deslizamentos em encostas.
A área de Petrópolis, que experimentou um volume significativo de chuvas no sábado (5), apresenta um quadro mais estável neste domingo, com céu nublado e previsão de chuvas fracas a moderadas ao longo do dia. Entretanto, a Prefeitura de Petrópolis emitiu um alerta que ficará em vigor até as 20h de hoje, informando sobre a chegada de uma frente fria e possíveis chuvas moderadas a fortes da Costa Verde.
As chuvas também impactaram diversas rodovias estaduais. Na RJ-127 (Serra de Paracambi), o sistema Pare e Siga está suspenso. Na RJ-155, no km 19, em Lídice (Rio Claro), houve um afundamento parcial do asfalto, limitando o tráfego a meia pista. Em Magé, um deslizamento na RJ-107 também restringe o trânsito. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) reportou que a BR-116, no km 93 em Teresópolis, continua totalmente interditada, enquanto na BR-040, no km 87 em Petrópolis, há uma interdição parcial em direção ao Rio de Janeiro.
Desde a última sexta-feira (4), o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro registrou 472 ocorrências relacionadas às chuvas, que incluem 268 remoções de árvores caídas, 130 resgates de animais, 33 alagamentos e 18 deslizamentos de terra, prestando assistência a 79 vítimas que não apresentaram ferimentos graves.
Na capital, o prefeito informou que a situação está mais controlada, embora ainda permaneçam pendências, como a remoção de árvores. A previsão para hoje indica chuvas fracas a moderadas isoladas, com melhores condições esperadas a partir da tarde de amanhã. O prefeito recomendou que os cariocas permaneçam em casa, se possível, mas garantiu que a cidade está em um estado mais calmo para aqueles que optarem por sair.
A Prefeitura do Rio declarou que suas equipes estão trabalhando incessantemente para melhorar o escoamento das águas e desobstruir as vias bloqueadas devido a quedas de árvores. O Centro de Operações Rio está continuamente monitorando a situação. Até às 14h deste domingo, foram observados volumes de chuvas fracas em algumas estações meteorológicas da capital.
Além disso, a Marinha do Brasil estendeu o alerta de ressaca na orla do Rio de Janeiro até as 9h da próxima segunda-feira (7), com previsão de ondas de até 3 metros de altura. Por precaução, a ciclovia da Avenida Niemeyer (antiga Lima Maia) seguirá interditada.
