22 fevereiro 2025
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Cid Revela Pedido de Cartão de Vacina Falso de Bolsonaro para Ele e sua Filha

O tenente-coronel Mauro Cid relataram em sua delação premiada que o ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou um comprovante falso de vacinação contra a Covid-19, tanto para ele quanto para sua filha mais nova. Em 2021, Cid pediu a fabricação de um certificado falso de imunização para ele e sua esposa. Quando menciona o esquema ao então presidente, Bolsonaro teria respondido: “‘Faz pra mim também’. Tudo para ele, pedindo para ele”.

Além do documento para sua própria vacinação, Bolsonaro, de acordo com o relato de Cid, também teria solicitado a falsificação do comprovante de vacinação para sua filha, já que a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, teria recebido a imunização.

O advogado de Marcelo Câmara, então assessor de Bolsonaro, requisitou acesso a vídeos não editados da delação de Cid. Bolsonaro, por sua vez, declarou ter exagerado em comentários feitos anteriormente, onde mencionou desinteresse em possíveis prisões relacionadas ao caso. O Partido da Causa Operária (PCO) argumentou que a denúncia contra o ex-presidente não apresenta provas concretas.

Após a descoberta da fraude, Marcelo Câmara teria retirado e rasgado o cartão de vacinação que estava com Bolsonaro, e impresso novos documentos. Cid afirmou que pediu a Ailton Barros para obter registros de vacinação do Conecte SUS para ele e sua filha. Dias depois, Cid recebeu uma ligação de Wagner Rosário, então ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), que questionou se Bolsonaro havia sido vacinado, pois havia um registro de imunização em seu nome na cidade de São Paulo.

O tenente-coronel relatou que ficou em dúvida sobre o registro, assegurando que Bolsonaro não havia tomado a vacina. O CGU, então, começou a investigar o registro em São Paulo, o qual, segundo Cid, não tinha relação com a situação em questão.

O ex-ajudante afirmou não ser contra vacinas de forma geral, mas declarou ser contrário à vacinação contra a Covid-19, por não acreditar na segurança do imunizante. Ele alegou que a decisão de não se vacinar foi uma escolha pessoal que envolvia outras pessoas ligadas à fraude, destacando que não havia uma razão específica para falsificar o cartão de vacinação, sendo mais uma medida cautelar para atender a uma necessidade geral.

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