Uma medida drástica foi implementada em quase 20 cidades do Irã, proibindo o passeio com cães em espaços públicos, com justificativas relacionadas à higiene, segurança e ordem pública. Essa decisão tem conotações religiosas, já que alguns muçulmanos consideram impuro tocar em um cão ou ter contato com sua saliva. É importante salientar que não existe uma lei no Irã que proíba a posse de cães, e uma parte significativa da população possui esses animais de estimação.
Líderes políticos e religiosos costumam associar os cães a um sinal de opulência, considerando-os um símbolo da influência ocidental. Recentemente, ao menos 17 cidades, como Isfahan, Yazd, Kerman e Ilam, impuseram restrições ao passeio de cães em locais públicos. Reportagens locais informaram que haverá a possibilidade de ações legais contra aqueles que desrespeitarem essa proibição.
Na capital, Teerã, é comum que muitos donos de cães passeiem com seus animais em áreas e parques mais sofisticados, onde também estão localizados diversos estabelecimentos voltados para animais de estimação. Entretanto, o promotor de Hamedan, Abbas Najafi, manifestou que “passear com seu cão é uma ameaça à saúde pública, à paz e ao bem-estar”.