O rover Curiosity da Nasa registrou imagens de nuvens iridescentes em Marte, com tonalidades de vermelho e verde, no final de janeiro. Esse fenômeno é chamado de nuvens noctilucentes, uma expressão em latim que significa “brilho noturno”. Essas nuvens são visíveis durante o crepúsculo e adquirem cores variadas devido à dispersão da luz do sol poente. Elas podem criar um efeito visual semelhante a um arco-íris de cores iridescentes, com um brilho que pode ser comparado ao da madrepérola. Como essa iridescência é sutil, somente pode ser capturada após o pôr do sol, quando as nuvens estão em altitudes elevadas.
As nuvens de Marte têm semelhanças com as nuvens terrestres, mas são compostas principalmente de gelo de água. Em altitudes mais elevadas, elas podem ser formadas por gelo de dióxido de carbono, uma vez que a atmosfera marciana contém mais de 95% desse gás. É essa composição que possibilita a formação do fenômeno da iridescência.
Cristais de água detectados em Marte também sugerem a possibilidade de vida, ampliando o interesse científico sobre o planeta vermelho e suas características atmosféricas e geológicas.