Dorival Júnior não ocupa mais a posição de técnico da Seleção Brasileira. Sua gestão, que se estendeu por pouco mais de um ano, foi marcada por episódios que comprometeram a imagem do treinador, especialmente diante dos torcedores. Durante sua passagem, Dorival comandou a equipe em 16 partidas, alcançando sete vitórias, sete empates e duas derrotas, o que representa um aproveitamento de cerca de 60%.
A goleada de 4 a 1 sofrida para a Argentina na última semana em Buenos Aires foi um fator decisivo para que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reconsiderasse a direção da Seleção e optasse pela troca de comando. Neste clássico sul-americano, a formação tática utilizada por Dorival, que incluía dois volantes e quatro atacantes, gerou críticas devido à falta de desempenho da equipe em campo.
Dorival Júnior havia expressado intenção de incluir Neymar em sua escalação antes da última Data Fifa, mas a ausência do jogador, cortado devido a lesão, o forçou a ajustar suas estratégias. Este foi o 21º corte de jogador em seis convocações, e o treinador manifestou incerteza sobre as opções no meio-campo e ataque. Apesar da recuperação de Neymar das lesões, sua convocação foi objeto de discussões, dado o tempo em que ficou afastado da Seleção.
A utilização de Endrick também levantou questionamentos sobre a abordagem de Dorival em relação ao ataque brasileiro. O jogador teve pouca participação com a camisa da Seleção e, quando questionado sobre sua utilização, o técnico sempre mencionava a necessidade de paciência. Durante a recente partida contra a Argentina, Endrick jogou o segundo tempo, mas não teve um desempenho notável. Uma situação similar ocorreu na Copa América, onde ele só entrou em campo quando Vinicius Jr., suspenso, não pôde jogar.
Um momento marcante desse torneio foi a eliminação do Brasil diante do Uruguai, onde Dorival foi flagrado tentando se unir aos jogadores que se preparavam para a disputa de pênaltis. Embora o treinador tentasse se integrar ao grupo, sua presença foi notada como desarticulada, e ele mesmo comentou que estava explicando as estratégias aos atletas antes do momento decisivo.
Em diversas entrevistas, Dorival havia prometido levar a Seleção Brasileira à final da Copa do Mundo de 2026. Ele reforçou a ideia de que a equipe estava na rota certa para alcançar essa meta, apesar das oscilações que poderiam ocorrer no caminho. No entanto, mesmo com suas declarações otimistas, a falta de desempenho convincente em campo gerou descontentamento entre os torcedores, especialmente em jogos cruciais como a derrota para o Paraguai, ocorrida em setembro do ano passado.