Tom Cruise pode estar prestes a protagonizar sua última participação na franquia “Missão: Impossível”. Neste contexto, um novo filme do Super-Homem será lançado, além de “Avatar”, a série de ficção científica que tem alcançado recordes, que retornará em um terceiro episódio. Estes lançamentos estão gerando otimismo entre os operadores de cinema, que esperam por uma recuperação contínua do setor após a pandemia até 2025. Entretanto, cinco anos após o surgimento da crise de saúde, a audiência de cinemas ainda não atingiu os níveis anteriores à pandemia.
Em 2022, a arrecadação total de bilheteiras nos Estados Unidos e Canadá foi de US$ 8,6 bilhões, o que representa uma queda de 25% em comparação aos US$ 11,4 bilhões obtidos em 2019, antes da pandemia. O setor enfrentou novos desafios em 2023, quando atores e roteiristas em Hollywood entraram em greve. Tim Richards, fundador e CEO da Vue Cinemas na Europa, comentou sobre a complexidade da produção cinematográfica e o tempo necessário para restaurar o setor. Ele observou que 2025 poderá refletir essa recuperação tardia.
Os principais executivos da indústria cinematográfica se reunirão na CinemaCon, convenção anual que acontece em Las Vegas, no início do próximo mês, para discutir a situação do setor. O evento costuma atrair representantes de estúdios de Hollywood e operadores de cinemas, abrangendo desde grandes redes como AMC Entertainment e Cinemark até pequenos cineastas independentes.
Durante a cerimônia do Oscar, ocorreu um apelo do cineasta Sean Baker, que ganhou o prêmio de melhor diretor, pedindo apoio a cineastas, distribuidores e ao público para os cinemas. Baker enfatizou a ameaça à experiência de ir ao cinema, citando a diminuição do número de telas durante a pandemia e alertando sobre a perda de um aspecto vital da cultura caso essa tendência não seja revertida.
Shawn Robbins, diretor de análise de filmes da Fandango, manifestou que a indústria cinematográfica está se adaptando a um novo normal, com filmes de grande orçamento cada vez mais importantes para as receitas. Ele destacou que o público continua a frequentar exibições de grandes produções, mas muitos preferem esperar o lançamento de outros filmes no formato doméstico. A maneira como os lançamentos para streaming ocorrem também mudou, com muitos filmes agora disponíveis em um período de três a oito semanas, em comparação aos três meses anteriores.
Dentre os principais lançamentos esperados para este ano, está “Missão: Impossível – O Acerto Final”, que pode marcar a despedida de Cruise da famosa franquia. O filme está previsto para estrear no final de maio, ao lado do filme live-action “Lilo & Stitch”, da Disney. Em junho, será lançado “F1”, com Brad Pitt no papel de um piloto de Fórmula 1, e em julho, a Warner Bros trará um novo filme do Super-Homem, dirigido por James Gunn, estrelando David Corenswet. A temporada de verão trará também a equipe de anti-heróis “Thunderbolts” e “Quarteto Fantástico”, com estreias programadas para maio e julho, respectivamente.
Nos feriados de novembro e dezembro, importantes lançamentos estarão em destaque, incluindo a segunda parte do musical “Wicked”, a sequência de “Zootopia 2” e “Avatar: Fogo e Cinzas”, o terceiro filme da célebre franquia de James Cameron. “Avatar” continua sendo o filme de maior bilheteira da história, enquanto seu segundo filme ocupa a terceira posição.
Robbins previu que 2025 poderá apresentar uma leve recuperação nas receitas de bilheteria na América do Norte, possivelmente chegando a US$ 9 bilhões, embora ainda não seja certo quando as vendas de ingressos alcançarão os níveis pré-pandêmicos. Richards expressou otimismo em relação a “Avatar”, prevendo que impulsionará um período de três a cinco anos excepcional para os cinemas e o caracterizou como um possível ponto de inflexão para a indústria cinematográfica, prevendo que 2026 terá um calendário repleto de grandes lançamentos.
