Os clubes de futebol brasileiros têm apresentado um crescimento significativo nas receitas geradas por patrocinadores. Apenas os contratos de patrocinadores master dos clubes do Campeonato Brasileiro deste ano devem render cerca de R$ 1 bilhão, somando os valores de todas as 20 equipes. Dentre os patrocinadores master, 18 são casas de apostas, com exceção do Mirassol e do Red Bull Bragantino, que não têm contratos conhecidos desta natureza até o momento.
O profissionalismo crescente no futebol brasileiro tem contribuído para atrair jogadores de alto nível, aumentando a visibilidade do esporte a nível global. Essa situação torna o futebol um produto desejável para grandes empresas, motivando-as a investir significativamente. A valorização das marcas dos clubes e a busca por receitas mais elevadas têm se tornado uma estratégia lógica e necessária nesse contexto competitivo, conforme observado por especialistas no marketing esportivo.
Os contratos de patrocínio master para as equipes brasileiras refletem esse cenário. O Atlético-MG, por exemplo, firmou um acordo de três anos com a H2Bet, com um valor total de R$ 180 milhões. O Bahia anunciou um contrato significativo com a Viva Sorte Bet, que é considerado o maior da história do clube, embora os valores específicos não tenham sido revelados. O Botafogo estabeleceu um contrato de três anos no montante de R$ 165 milhões com a VBet, enquanto o Ceará e o Corinthians também assinaram contratos expressivos com a Esportes da Sorte, totalizando R$ 46 milhões e R$ 309 milhões, respectivamente.
Outros clubes, como o Cruzeiro e o Flamengo, também asseguraram contratos substanciais com empresas de apostas, demonstrando a tendência crescente de envolvimento de casas de apostas como patrocinadoras. Por outro lado, o Mirassol optou por um patrocínio que, embora focado em uma marca de refrigerante, possui uma casa de apostas em um espaço secundário de destaque. A maioria dos clubes estabeleceu contratos que não só garantem receitas fixas, mas também pode resultar em ganhos adicionais baseados no cumprimento de metas.
Em termos de patrocínios coletivos, evidências mostram que, assim como nos anos anteriores, as casas de apostas e instituições financeiras dominaram o cenário em 2024, somando a maior parte das marcas expostas pelos clubes. Um estudo do Ibope Repucom revelou que o setor financeiro liderou o número de patrocínios, enquanto o crescimento das casas de apostas foi notável, apresentando 25 contratos específicos, um aumento de 257% em relação ao ano anterior.
As tendências indicam que os clubes estão buscando inovação e eficiência, utilizando análise de dados e abordagens criativas para maximizar suas receitas, garantindo assim maior competitividade no cenário esportivo. A diversidade de patrocinadores, incluindo setores como alimentação e construção, reflete um panorama abrangente de investimento no futebol brasileiro, que continua a se expandir e evoluir.