O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi submetido a uma audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (25), após a sua prisão pela Polícia Federal ocorrida nas primeiras horas do dia. A audiência foi presidida por Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro teve duração de 13 minutos, durante o qual Collor prestou poucas declarações. Quando questionado sobre questões de saúde, ele negou utilizar medicamentos ou ter qualquer doença diagnosticada, apresentando uma posição contrária àquela defendida por sua defesa.
Os advogados de Collor relataram ao ministro Moraes que ele apresenta “comorbidades graves”, incluindo doença de Parkinson, bipolaridade e apneia do sono severa. Segundo a defesa, essas condições justificariam a necessidade de medicação diária e acompanhamento médico frequente, informações que foram incluídas no pedido para que o ex-presidente cumprisse prisão domiciliar. Em outro trecho da audiência, o juiz auxiliar indagou sobre a preferência do detido em relação ao local de cumprimento da possível reclusão domiciliar, ao que Collor respondeu que desejava permanecer em Alagoas, local onde foi detido.
O ex-presidente enfatizou também que sua prisão aconteceu no aeroporto de Maceió (AL), quando se preparava para embarcar para Brasília, a fim de se apresentar às autoridades judiciais. A audiência de custódia é um procedimento que deve ser realizado em casos de prisão em flagrante e cumprimento de mandado de prisão, permitindo que o detido se manifeste sobre quaisquer alegações de ilegalidade relacionadas à sua detenção.