Na última quinta-feira (6), a equipe legal do ex-presidente Fernando Collor apresentou um novo recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) contestando a decisão que confirmou sua condenação a oito anos e dez meses de prisão. Os advogados do ex-presidente levantam questionamentos sobre a duração da pena imposta por corrupção passiva. Essa ação é interpretada por muitos como uma estratégia para postergar a execução da sentença, o que poderia resultar na prisão iminente de Collor.
Em maio de 2023, Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sob a acusação de ter recebido propinas associadas a um esquema de corrupção na BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras. Entre os anos de 2010 e 2014, Collor teria utilizado sua influência sobre a empresa para garantir contratos com a construtora UTC, recebendo um total de R$ 20 milhões em troca de seus favoráveis atos.
A defesa de Collor argumenta que as acusações contra ele se baseiam exclusivamente em delações premiadas, sem a apresentação de evidências concretas que possam respaldar as imputações. O primeiro recurso apresentado pela defesa foi avaliado em novembro de 2024, quando o STF decidiu, por uma votação estreita de 6 a 4, que o pedido para reavaliação da condenação não deveria ser aceito. O voto decisivo nesse julgamento foi dado pelo ministro Alexandre de Moraes. A situação de Collor continua a ser um assunto de significativo interesse no contexto político e jurídico do Brasil, refletindo a complexidade dos casos de corrupção envolvendo figuras proeminentes.