6 junho 2025
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Como a Inteligência Artificial Está Transformando o Futebol no Brasil

Um evento inédito no mundo do futebol ocorrerá em Itajaí, Santa Catarina, no sábado (7). A singularidade deste evento não se dá por conta dos times ou das regras do jogo, mas pela participação de atletas cujo desempenho foi avaliado por inteligência artificial (IA) na final de um torneio.

A competição, denominada A Jornada, foi criada para experimentar o aplicativo CUJU, destinado a inovar a maneira de selecionar jovens talentos no Brasil. Ao invés de realizar peneiras tradicionais, o aplicativo permite que jovens atletas submetam vídeos de suas atuações à plataforma.

Desenvolvido pela empresa alemã Rogon Technologies, o app utiliza IA e visão computacional para analisar as sequências apresentadas por esses aspirantes, levando em conta métricas como velocidade, controle de bola, passes e agilidade. Em poucos dias, os candidatos são incluídos no radar de olheiros profissionais, que têm acesso a um ranking claro e objetivo, atualizado sempre que novos vídeos são enviados. Desde seu lançamento em 2024, o aplicativo já alcançou mais de 75 mil downloads e distribuiu mais de R$ 1 milhão em prêmios, direcionados a atletas, clubes e treinadores.

A inovação do CUJU está na combinação entre tecnologia e avaliação humana. O algoritmo atua como um primeiro filtro, mas uma equipe de especialistas revisa os desempenhos mais promissores, garantindo que o talento não se perca em uma análise puramente numérica. Embora o aplicativo busque transformar a descoberta de talentos, ele não elimina completamente o papel dos olheiros. Em vez disso, visa ampliar o alcance das possibilidades, democratizar as oportunidades e minimizar os vieses existentes.

O evento A Jornada teve início em fevereiro, englobando quatro categorias: três masculinas e uma feminina. Cada categoria contou com 24 representantes, selecionados com base nas classificações do CUJU e na faixa etária, que varia entre 13 e 17 anos. Na partida deste sábado, os atletas jogarão em dois tempos de vinte minutos, seguindo a formação tradicional de 11 jogadores para cada equipe. O desempenho individual será avaliado por um júri, com o objetivo de identificar um talento excepcional em cada gênero. A comissão julgadora é composta por olheiros, jogadores e influenciadores do setor esportivo.

Embora esta edição tenha se limitado a Santa Catarina, o CUJU planeja expandir sua busca por novos talentos em todo o Brasil em um futuro próximo. Isso pode revelar uma quantidade ainda maior de habilidades à espera de serem descobertas. O uso de IA no processo de identificação de novos atletas promete gerar discussões e reflexões no âmbito esportivo.

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