sexta-feira, janeiro 31, 2025
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Como operam as redes de informantes que auxiliam…

Redes de informantes latinos que vivem sem documentos no Texas e na Califórnia, nos Estados Unidos, estão avisando sobre como e onde estão ocorrendo as operações da polícia de imigração, conhecida como ICE, que visa deportar centenas de imigrantes já nos primeiros dias do governo do presidente Donald Trump, de acordo com informações de uma publicação colombiana.

Esses informantes utilizam grupos latinos para compartilhar detalhes sobre as ações policiais, com a intenção de proteger mais imigrantes de serem capturados. Desde o último domingo, o governo federal enviou agentes da ICE e do Departamento de Segurança Interna para cidades como Chicago, Newark e Miami, resultando na prisão de mais de 2 mil pessoas, em colaboração com o FBI e a DEA, incluindo operações em escolas e igrejas que estavam protegidas durante a administração de Joe Biden.

Conforme o relato, há registros de ações em que agentes da ICE foram até residências de colombianos, mexicanos e hondurenhos, levando-os algemados e em roupas de casa, e colocando-os em um avião militar em um dia de intenso frio. Informações destacam que em áreas como Lake Elsinore, Murrieta e Temecula, na Califórnia, patrulhas de imigração estão ativas nas rodovias, principalmente nas saídas.

Além de relatar os locais das batidas, os informantes também monitoram queixas feitas por cidadãos norte-americanos contra imigrantes considerados “suspeitos” nas redes sociais, prática estimulada por campanhas do governo. Um professor de uma escola no Texas que convidou a polícia a realizar operações em sua sala de aula contra alunos imigrantes, por exemplo, acabou se tornando alvo de críticas.

Esse professor expressou em suas redes sociais que muitos de seus alunos não falam inglês e precisam se comunicar por meio de tradutores. A Patrulha da Fronteira e agentes da ICE têm ampliado suas operações para áreas como estacionamentos, postos de gasolina e até mesmo em torno de escolas com alta concentração de crianças latinas. De acordo com uma emissora americana, os agentes estão agora operando com “cotas” de prisões, visando um número maior de detenções em comparação ao ano anterior.

Após relatos de um tratamento desumano durante as deportações, até a mídia local passou a informar sobre os direitos dos imigrantes detidos, sugerindo que eles saiam de casa com um kit contendo documentos e contatos em caso de abordagens pela ICE. As denúncias se intensificaram depois que os primeiros voos de deportados começaram a chegar em seus países de origem na semana passada. No Brasil, o governo atual considerou “degradante” o tratamento recebido por esses deportados, que relataram agressões e humilhações durante os voos, além de problemas com as aeronaves.

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