15 abril 2025
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Como uma Equipe Especial Captura Aves no Aeroporto de SP para Prevenir Acidentes Aéreos

Equipes da concessionária responsável pela gestão do aeroporto de Guarulhos, localizada na Grande São Paulo, realizaram na tarde da última quinta-feira (10) atividades de captura de aves nas proximidades da pista de pousos e decolagens. Esta iniciativa visa prevenir ocorrências conhecidas na aviação como bird strike, que são colisões entre aeronaves e pássaros. De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram registrados 64 casos de bird strike no Brasil até 6 de abril deste ano.

As imagens da operação realizada foram capturadas por um canal dedicado à aviação e posteriormente compartilhadas. Nas filmagens, observam-se os funcionários cercando as aves, que em seguida são colocadas em gaiolas. Essas gaiolas são cobertas com tecidos e transportadas em uma caminhonete da concessionária. A GRU Airport não forneceu detalhes específicos sobre a operação respondendo apenas que possui um plano de gerenciamento de risco de fauna que está de acordo com as diretrizes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), conduzido pela Coordenação de Meio Ambiente.

O planejamento inclui atividades regulares, como o manejo de ovos, ninhos e animais, o controle da vegetação, a remoção de poleiros e abrigos e a aplicação de técnicas de afugentamento. Além disso, é realizado um monitoramento contínuo das espécies presentes na área operacional, avaliando também os atrativos que podem levar as aves a essa região.

Uma das abordagens utilizadas em diversos aeroportos para gerir a presença de aves é a falcoaria, que consiste no uso de falcões treinados para espantar ou capturar aves no espaço aéreo. No aeroporto de Salgado Filho, em Porto Alegre, esta prática foi implementada no ano anterior. Uma bióloga envolvida no processo frisa que os falcões são responsáveis por realizar voos tanto para afugentar quanto para capturar as aves em questão. Durante o processo de captura, a ave de rapina imobiliza a presa até que o falcoeiro chegue.

Para assegurar a integridade das aves capturadas, utiliza-se uma miçanga nas garras dos falcões, o que dificulta a perfuração acidental das aves. Após a captura, as aves são levadas a uma área específica de soltura, situada a aproximadamente 120 quilômetros do aeroporto.

Desde o ano passado, o Brasil registrou um aumento significativo de 24,5% nos casos de bird strike, passando de 746 em 2023 para 929 em 2024. Dentre esses incidentes, apenas dois resultaram em ferimentos, considerados leves, conforme relatado pelo Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer). Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro foram os principais locais de incidência dos casos registrados.

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