Um extenso aparato tecnológico será utilizado para prevenir vazamentos e interferências durante o Conclave, que é o procedimento eleitoral secreto para a escolha do próximo papa. A votação teve início nesta quarta-feira (7) no Vaticano, com a participação de 133 cardeais.
Os clérigos ficam em isolamento e não podem se comunicar com pessoas de fora da Cidade do Vaticano. Para garantir essa privacidade, medidas como desativação de torres de telefonia celular serão implementadas. Segundo informações, essas torres serão desligadas às 15h, horário local, e permanecerão assim até que o novo papa seja anunciado.
Bloqueadores de sinal de celular foram instalados em locais estratégicos, como sob um piso elevado que leva até o altar, que está em um nível superior ao restante da capela. Esses dispositivos também podem ficar localizados perto das janelas superiores, que estão a cerca de 20 metros de altura.
Um protocolo rigoroso de proteção será estabelecido em torno dos cardeais durante todo o processo, conforme apontado por uma fonte familiarizada com os procedimentos de segurança. Caso os cardeais decidam sair para os jardins ou fumar, medidas garantirão que ninguém se aproxime.
Os assistentes, que incluem padres, cozinheiros, faxineiros, motoristas e outros funcionários, já realizaram um juramento de sigilo absoluto e perpétuo sobre tudo que testemunharem ou ouvirem.
No Conclave anterior, realizado em 2013, a instalação de uma gaiola de Faraday foi amplamente divulgada. Este dispositivo serve para aumentar a segurança das comunicações, protegendo-as de campos eletromagnéticos.
Adicionalmente, medidas de segurança foram implementadas para impedir a espionagem, como o uso de filmes nas janelas para bloquear possíveis câmeras de drones. Durante o período de reclusão, os cardeais não terão acesso a jornais ou revistas.
A violação do segredo exigirá a penalidade de excomunhão automática da Igreja.