Adversários dos Estados Unidos, como Rússia e China, intensificaram suas operações de recrutamento visando funcionários federais americanos envolvidos na segurança nacional, especialmente aqueles que foram demitidos ou que estão em risco de demissão. Essa informação provém de quatro fontes com conhecimento da inteligência recente dos EUA, juntamente com um documento analisado por veículos de comunicação. A inteligência indica que outras nações estão aproveitando os esforços da administração Trump, que promovem cortes em massa no setor público, um plano anunciado pelo Escritório de Gestão de Pessoal.
Funcionários da USAID, por exemplo, enfrentaram demissões em massa, gerando uma situação de instabilidade. Além disso, o ex-presidente Trump expressou opiniões sobre a paz entre a Ucrânia e a Rússia, mencionando que as intenções de Zelensky podem não ser alinhadas com a busca pela paz, enquanto sugere que Putin demonstra um desejo de resoluções pacíficas.
A Rússia e a China estão focadas em recrutar especificamente aqueles que recentemente perderam seus empregos e que possuem autorizações de segurança, além de funcionários em período de experiência, que, devido à incerteza sobre suas posições, podem dispor de informações estratégicas sobre a infraestrutura crítica dos Estados Unidos e a burocracia governamental. Informações obtidas por fontes referem que pelo menos duas nações já estabeleceram plataformas de recrutamento e estão ativamente visando funcionários federais por meio de redes profissionais, como o LinkedIn.
Um relatório elaborado pelo Serviço de Investigação Criminal Naval (NCIS) chegou à conclusão, com “alta confiança”, de que adversários estrangeiros estão tentando recrutar esses funcionários, aproveitando-se dos planos de demissão em larga escala do governo. O documento indica que oficiais de inteligência estrangeiros estão sendo instruídos a identificar possíveis alvos em plataformas como LinkedIn, TikTok, RedNote e Reddit. Em um exemplo específico, um oficial teria orientado um agente a criar um perfil profissional e publicar oportunidades de emprego, além de contatar funcionários federais que manifestam estar “abertos a novas oportunidades”.
Os adversários acreditam que os ex-funcionários federais se encontram em um estado de vulnerabilidade, o que aumenta sua atratividade como alvos para serviços de inteligência. As demissões e o descontentamento geral destes profissionais tornam-se fatores que podem ser explorados por outras nações. A inteligência confirma o que antes era considerado um cenário hipotético: que demissões em massa podem resultar em oportunidades de recrutamento para agências de inteligência estrangeiras, que buscam explorar aqueles que estão financeiramente instáveis ou ressentidos. Nos últimos anos, o Departamento de Justiça acusou diversos ex-oficiais militares e de inteligência de repassar informações sensíveis dos Estados Unidos para a China.
