A fusão proposta entre o Banco de Brasília (BRB) e o Banco Master, anunciada no último dia 28, está agora sujeita à aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Esta operação recebeu a aprovação unânime do conselho de administração do BRB, após extensos estudos realizados em colaboração com auditorias independentes que confirmaram a viabilidade do negócio. A liderança de ambas as instituições financeiras demonstrou otimismo em relação à aprovação.
Esse otimismo fundou-se em avaliações realizadas por escritórios de renome, antes da concretização da fusão entre BRB e Master. Apesar das especulações no mercado sobre a possibilidade de não aprovação pelo Banco Central, informações apuradas indicam que o BRB buscou consultoria da PricewaterhouseCoopers (PwC) e do escritório de advocacia Lefosse, enquanto o Banco Master se baseou nas orientações técnicas do escritório Pinheiro Neto Advogados.
O Banco Central, ao avaliar fusões entre instituições financeiras, foca principalmente no risco sistêmico da operação, ou seja, na possibilidade de que a fusão possa desestabilizar o mercado financeiro, além da análise da concorrência. O processo envolve etapas que incluem a coleta de dados bancários, a análise da saúde financeira das entidades envolvidas e a realização de testes sobre como o mercado poderá reagir após a fusão.
Uma vez obtida a aprovação do Banco Central, a fusão necessita também do aval do Cade. Geralmente, esse tipo de operação pode levar cerca de seis meses para ser finalizada, mas as lideranças do BRB e do Banco Master acreditam que o processo poderá ser concluído em até 60 dias, dado que todas as etapas foram seguidas conforme o previsto.
O Banco Central, em sua posição oficial, afirma que aguarda a comunicação formal sobre a fusão, garantindo que o pedido será analisado assim que for protocolado.
Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado fusões bancárias significativas, como a incorporação do Unibanco pelo Itaú e a aquisição do ABN Amro Real pelo Santander. No caso atual, o BRB planeja adquirir 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master, totalizando 58% do capital da instituição.
Em um comunicado, o banco estatal do Distrito Federal declarou que o valor a ser pago pela aquisição corresponderá a 75% do patrimônio líquido consolidado do Banco Master, conforme indicado nas demonstrações financeiras auditadas, com ajustes por possíveis baixas de ativos ou outros apontamentos feitos pelo auditor fiscal independente encarregado da diligência.