Durante uma aparição no programa WW Especial, da CNN, a professora de Relações Internacionais da ESPM, Natalia Fingermann, discutiu o progresso e os desafios da América Latina. Ela enfatizou a necessidade de cooperação regional e a importância de abordar questões críticas, como a violência de gênero, para promover um desenvolvimento mais equitativo e sustentável na região.
Apresentado por William Waack, o programa desta semana investigou as dificuldades históricas que a América Latina enfrenta, incluindo uma série de problemas estruturais que persistem ao longo dos anos. Fingermann destacou a complexidade de se analisar a América Latina como um bloco homogêneo, devido à diversidade entre países como El Salvador, Brasil, Argentina e Costa Rica. No entanto, ao analisar dados históricos, notaram-se melhorias significativas em indicadores essenciais.
A especialista mencionou o aumento da expectativa de vida nos últimos 20 a 30 anos, com uma média atual de 78 anos nesses países. Além disso, a mortalidade infantil apresentou uma redução substancial, caindo de 25 para cerca de 12 a 13 mortes a cada 100 mil nascimentos.
Apesar desses avanços, Fingermann chamou a atenção para problemas que ainda persistem, especialmente na América Central. Ela destacou o impacto duradouro da Guerra Fria e da Revolução Cubana, que deixaram a região “um pouco refém” devido à sua proximidade geográfica com os Estados Unidos.
Na América do Sul, a professora observou que a competição entre Brasil e Argentina por vezes enfraquece o potencial de crescimento regional. O fortalecimento da cooperação entre estas duas nações é considerado fundamental, pois um trabalho conjunto pode ter um impacto positivo significativo.
Um dado alarmante ressaltado por Fingermann foi o aumento do feminicídio na região, evidenciando o preocupante crescimento dessa forma de criminalidade na América Latina.
