21 fevereiro 2025
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Conflito Entre Eduardo Bolsonaro e Antigo Governador Agita Cenário Político

A divisão das comissões na Câmara dos Deputados está gerando uma concorrência entre os deputados Eduardo Bolsonaro e o ex-governador do Paraná, Beto Richa. O foco da disputa é a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, a qual possui a prerrogativa de exigir informações do governo brasileiro sobre assuntos diplomáticos e atua como um canal para projetos relativos às relações bilaterais.

Historicamente, a Comissão de Relações Exteriores tem sido uma das preferências do PSDB, que, neste ano, busca manter o comando com Beto Richa. Há rumores nos bastidores de que a entrega da comissão foi parte das negociações entre o PSDB e o deputado Hugo Motta, do Republicanos, em troca de apoio na eleição para a Presidência da Câmara. Em contrapartida, Eduardo Bolsonaro está empenhado em ocupar a posição, já que foi o presidente da comissão durante o primeiro ano do governo de seu pai, Jair Bolsonaro. O PL, sendo o maior partido da Câmara, possui prioridade na solicitação de comissões, e relacionar-se com o exterior é uma de suas principais prioridades. Entretanto, deputados do PT têm se mobilizado em apoio a Beto Richa, buscando impedir a ascensão de Eduardo Bolsonaro.

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, afirmou que “Beto Richa não estará na posição de relações exteriores. Isso eu garanto”, e enfatizou que a questão não será decidida por voto, assegurando que a escolha do partido terá que ser respeitada pelas demais legendas.

O controle da Comissão de Relações Exteriores é parte de uma estratégia pessoal e partidária de Eduardo Bolsonaro. O filho do ex-presidente tem se posicionado como um chanceler informal da direita, promovendo uma aproximação com o governo dos Estados Unidos, principalmente durante a administração de Donald Trump. No ano anterior, Eduardo assumiu a Secretaria de Relações Internacionais do PL e considerou a possibilidade de abrir um escritório em Miami. Contudo, o projeto não prosperou, pois não seria viável utilizar recursos públicos destinados aos partidos para financiar uma estrutura fora do Brasil.

Eduardo Bolsonaro tem se dedicado a fortalecer os laços com o governo dos Estados Unidos, acreditando que a possível reeleição de Donald Trump poderia afetar o futuro político de seu pai. Ele tem promovido em suas redes sociais a ideia de que a gestão Trump poderia implementar sanções contra o governo Lula e ministros do Supremo Tribunal Federal, como restrições de vistos e o congelamento de ativos no exterior.

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